Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 334

"Senão o quê?"

Mordi os lábios, ainda sentindo os efeitos de seus beijos, e soltei uma risada sarcástica: "Senão o que mais restaria entre nós?"

Otávio franziu o cenho: "Então, adivinha o que eu fui fazer hoje ao procurar o Lisandro?"

Minhas mãos agarraram com força a gola da camisa de Otávio, tão tensas que as unhas se cravaram em sua pele sem que eu percebesse: "Fala direito! Explica isso!"

"Ele será enviado para o exterior em breve. Depois de ir, estará livre."

Otávio, achando que ainda não era o suficiente, continuou: "Depois de ir para o exterior, ele vai se casar, ter filhos e seguir o caminho que o pai dele traçou. Nunca existirá uma mulher chamada Elvira em seu futuro. Eu sempre soube que vocês dois nunca dariam certo."

Ele apertou minhas bochechas, balançando minha cabeça como se quisesse ver a dor em meu rosto, tentando medir o quanto Antônio significava para mim.

Mas ele estava prestes a se decepcionar.

Se Antônio pudesse ter um futuro seguro e feliz, ninguém ficaria mais aliviada do que eu.

Parei de resistir, de lutar. Rasguei as peças de roupa que me incomodavam e passei os braços ao redor de sua cintura: "Vem."

Fechei os olhos, permitindo que ele me conduzisse.

Um segundo, dois segundos, três... Ele parecia até ter parado de respirar.

Será que minha tranquilidade o desanimou?

"Otávio?" - chamei baixinho: "Se não quiser, pode ir."

Ainda sem reação.

"Bang!"

Abri os olhos no exato momento em que ele deu um soco potente, atingindo a cabeceira da cama.

Sabendo que ele havia me ajudado, não podia ignorá-lo, então fui até ele para ajudá-lo com a gaze.

Esperei que ele me afastasse, mas, em vez disso, ele apenas apoiou a mão na minha perna, permitindo minha ajuda.

Esse homem sabia como manter a compostura - era uma mistura de orgulho e teimosia.

Depois de fazer um laço na gaze, lembrei-me de perguntar: "Você desinfetou?"

Ele balançou a cabeça em negativa.

Fiquei um pouco irritada e tirei a gaze de sua mão: "Se sabia que ia se machucar, não deveria ter feito algo tão impulsivo!"

A voz rouca de Otávio soou sobre minha cabeça, tranquila: "Também não posso ser sempre racional."

Até ele tinha seus momentos de descontrole.