Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 348

Depois de voltar para o lado de Otávio, ele sugeriu que eu fosse visitar seu pai.

Para Hugo, meu retorno foi como uma notícia alentadora. Ele acreditava que minha presença poderia até mesmo melhorar a saúde do patriarca.

Eu me perguntava se a insistência de Otávio em ter-me por perto estava ligada ao seu pai, já que ele era extremamente devotado.

Mas eu não era nenhuma cura milagrosa. Não sei com que identidade deveria visitá-lo. Afinal, ele não me forçou a nada.

Hugo, em contrapartida, me enviou uma mensagem. Em poucas palavras, pedia que eu me desse bem com Otávio e, quem sabe, até engravidasse logo. Segundo ele, talvez pudesse conhecer o neto enquanto estivesse vivo.

Agora, a principal preocupação da Família Barcelos era assegurar que ninguém nos incomodasse. Isso servia como um aviso tanto para ele quanto para Sófia.

A relação entre Sófia e Otávio já era algo que Hugo enxergava com clareza há tempos. Pelo telefonema de hoje, ela provavelmente havia usado algum truque para ganhar a simpatia da tia que que a acompanhava.

A voz da tia misturava-se ao choro de uma moça e ao som de vidro se quebrando no chão. Mesmo em silêncio, eu podia sentir um tipo de loucura histérica.

"Limpe a bagunça imediatamente, para que ela não se machuque."

Fiquei genuinamente surpresa ao ouvir Otávio dizer isso.

Se eu não tivesse entendido mal, aquilo parecia indicar que ele não tinha intenção de voltar para casa.

Silenciosamente, tirei meu vestido de festa, fingindo indiferença. No fundo, eu me sentia um tanto tocada.

Depois de tantos anos juntos, parecia ser a primeira vez que ele me escolhia em vez dela.

Mas no segundo seguinte, ouvi-o dizer à tia ao telefone: "Diga a Sófia para não irritar o pai."

Congelei por um instante antes de soltar um sorriso discreto, zombando de mim mesma. Eu realmente havia pensado demais. No fim, a pessoa iludida era eu, a palhaça.

Fiquei em silêncio, absorvendo suas palavras, tentando decifrar se eram genuínas ou não.

Me forcei a sair de seus braços, com um leve traço de irritação pela sua franqueza: "Daqui para frente, não se preocupe. Não vou disputar com ela."

Depois que nossa casa de casamento foi vandalizada, o que mais poderia restar entre nós?

Mas para Otávio, parecia importar apenas que os cacos de vidro não ferissem sua "querida irmã".

Antes que eu pudesse processar, senti uma dor aguda na cintura. Sem tempo de reagir, fui pressionada contra o sofá. Seus olhos escuros estavam fixos em mim: "E se eu quiser que você dispute?"

Aquilo soava como um conto de fadas, enquanto eu o escutava falar: "Quando soube que você iria se mudar para longe, aquele período foi difícil para mim. Acho que consegui entender como você se sentia antes. Mas agora preciso confirmar... esses sentimentos ainda existem?

"Agora, eu acho que me tornei o 'você' de antes." - Ele segurava meu rosto entre suas mãos: "Elvira, eu quero a verdade."