Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 378

Eu olhei para ele com um sorriso, "Tudo bem, eu acredito."

Os olhos de Otávio estavam inexplicavelmente irritados.

Sua Elvira não deveria ser assim.

Sua Elvira deveria ser aquela que o esperava todos os dias, aquela que só tinha olhos para ele quando ele aparecia, aquela que se aproximava dele com cuidado e timidez, mas o provocava com paixão e audácia.

E não como agora, parecendo calma por fora, mas com uma distância entre eles como se houvesse montanhas e mares os separando.

"Você disse que me daria uma chance, por que..."

"Eu mudei de ideia." Finalmente terminei de arrumar a mala, puxei o zíper e olhei para ele, "Pode considerar que eu estava brincando."

Com alguém como ele, não há necessidade de se apegar a essas promessas, mesmo que ele tenha sido sério comigo por um momento, não passava de um jeito de passar o tempo com uma mulher quando estava entediado.

"Você trata meus sentimentos como um jogo."

Ele sorriu friamente, seu corpo inteiro gelado, o punho ao seu lado se fechava e abria, abria e fechava...

Passei por ele, e ao esbarrar, disse, "Mantenha seus sentimentos para quem realmente precisa deles."

Como a irmã dele.

Eu o lembrei de passagem, "O caso de Celina vai a julgamento daqui a um mês. Se você está pensando em agir, vou pedir para o meu amigo não se envolver e evitar problemas para todos."

Por causa de Antônio, parecia haver uma barreira invisível entre mim e Landulfo Silva. Afinal, Antônio era amigo dele, e a situação entre mim e Antônio tinha chegado a este ponto.

Landulfo me ligou, querendo que eu fosse ao aeroporto me despedir de Antônio no dia em que ele foi para o exterior, mas eu recusei por estar preocupada com o estado mental de Otávio.

Eu até pedi um favor a Landulfo pela primeira vez.

Eu queria que ele agisse por mim, seria melhor do que me envolver diretamente. Agora que eu e Otávio tínhamos terminado, se ele quisesse interferir, não poderia ser culpado.

Mas era melhor esclarecer, assim eu não precisaria mais incomodar Landulfo.

Otávio ficou com os lábios apertados, sem dizer nada por um bom tempo.

Eu o apressei, "Me dê uma resposta definitiva."

Otávio deu uma risada fria, "Elvira, ela é a assassina que queria te matar, você acha que eu iria protegê-la? O que eu significo para você, afinal?"

Seu olhar se tornou extremamente frio, tanto que involuntariamente me fez estremecer.

Pego de surpresa, eu gritei, "Não pode ser!"

Minhas roupas eram como se não existissem diante de um homem claramente fora de si.

Meu ombro nu foi mordido por ele.

Dor... uma dor penetrante.

Ele disse severamente, "Por que não pode ser aqui? Você não disse que éramos parceiros? Se é uma parceria, por que deveria me importar com seus sentimentos ou o local? Por que você merece meu carinho e ainda acha tudo tão natural?"

Meu corpo endureceu, desistindo completamente de resistir, "Pode ser, mas eu não quero aqui."

Este era o lugar onde eu descobri que ele tinha desviado sua atenção pela primeira vez, ele se consolava aqui olhando fotos de Sófia!

Eu não queria que fosse aqui!

Otávio rangia os dentes com um sorriso frio, "Nenhum parceiro jamais pôde negociar termos comigo, e você também não."

No segundo seguinte, senti uma dor como se estivesse sendo rasgada...