Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 421

Amália estava radiante, sonhando acordada com riquezas inimagináveis.

Depois que ela saiu, Dalmo me perguntou, "Vamos realmente deixá-la assim tão facilmente? Isso é quase um presente para ela!"

Eu balancei a cabeça, "Se ela não investir, só vai poder nos ver enriquecendo. Vamos organizar para que ela receba relatórios diários sobre os lucros, de forma que 'acidentalmente' fique sabendo. Se ela quiser participar dos lucros, terá que investir."

"Então estamos num beco sem saída, ela nunca vai abrir a carteira."

"Eu já disse, se ela não investir, eu cubro por ela." Eu sorri, lembrando, "Vamos colocar alguém da idade dela no departamento financeiro, fazer novas amizades nunca é demais. Assim, qualquer coisa que Amália queira, nós atenderemos..."

O eco dos saltos altos se aproximava do lado de fora da sala de reunião, e então a porta se abriu.

Sófia entrou, usando saltos altos e vestida para o trabalho, parecendo uma criança que tinha roubado roupas de um adulto, completamente deslocada.

Mas ela não parecia se importar, de cabeça erguida, respirando um ar que normalmente não respirava, "Elvira, o que você está fazendo aqui? A Sra. Tereza não te disse que o Otávio está em viagem? Como você veio parar aqui?"

Dalmo franziu a testa, se colocando à minha frente, "Quem disse que a Diretora Gattas veio procurar alguém? Sra. Neves, por favor, saia. A sala ainda está reservada para a nossa reunião."

"Ah, por favor."

Sófia rolou os olhos com desdém, "Quem se importa com o que vocês têm a dizer? Todo o Grupo Barcelos pertence ao meu Otávio de qualquer forma. Reunião? Que perda de tempo."

Eu ri friamente, "Realmente, eu não ganhei tanto dinheiro assim, mas me pergunto o que Otávio te colocou para fazer no Grupo Barcelos. Qual é o seu salário? É um milagre a secretaria da presidência ainda não ter explodido com você lá."

Otávio, sempre tão exigente com o trabalho, confiando a Sófia um lugar na secretaria. Parece que realmente ele só confia nas pessoas mais próximas a ele.

Ele era como um observador nas sombras, querendo saber de tudo sobre ela.

Mas ele também não podia, nem ousava, encontrá-la.

Ele não conseguia aceitar essa versão imperfeita de si mesmo, mas tinha que admitir que estava doente.

Precisava se curar antes de poder aparecer diante dela, caso contrário, nunca saberia quando poderia perder a consciência. Se não pudesse ter uma alma completa, como poderia ter um lar completo...

Sófia ficou em silêncio por alguns segundos, depois pegou o celular, "Você está procurando o Otávio? É só eu ligar para ele!"

Ela discou e colocou no viva-voz, aguardando a resposta. Enquanto o tom de chamada soava, um silêncio constrangedor se instalou entre nós, como se os batimentos cardíacos estivessem sincronizados com o som da ligação...