Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 425

Durante um mês, fiquei envolvida com o trabalho, voando pelo mundo todo para pegar casos.

Nos raros momentos de folga, Otávio me vinha à mente, e eu não conseguia entender qual era o sentido dele em adiar as coisas.

Se antes ele adiava na esperança de termos uma chance juntos, agora parecia simplesmente estar perdendo tempo.

Sem futuro e sem falar do presente, não era como em algumas famílias que ainda existem conflitos de interesses, eu e ele estávamos completamente sem contato.

Acordava de sobressalto no meio da noite, e voltar a dormir se tornava cada vez mais difícil. A falta de descanso estava me deixando esgotada e eu perdi bastante peso.

Isso me fez perder a paciência com a situação, que eu achava já ter superado.

Não conseguia mais manter a calma, nem fingir que não me importava.

Liguei algumas vezes para Otávio, não importava se era de madrugada ou ao amanhecer, quem atendia era sempre Sófia.

Ela sempre dizia a mesma coisa, "Otávio não quer falar com você."

No início, isso não me incomodava, mas com o tempo, até a paciência mais resistente se esgota.

Até que, não aguentando mais, no dia de um julgamento, confrontei Sófia pela primeira vez.

"Me diz a verdade, você não quer ficar com Otávio?"

Sófia, com um sorriso relaxado no rosto, respondeu com voz melosa, "Ficar juntos de que maneira? Eu e Otávio nunca nos separamos, sabe?"

Eles nunca se separaram. Eu ligava durante a noite, e quando estava fora do país, de manhã, mas como Sófia disse, eles sempre estavam juntos.

Não conseguia entender por que Otávio dava o telefone para Sófia.

Só podia ser maldade, Sófia achava divertido me irritar, ela fazia joguinhos, e ele só ria.

Eu respondi com sarcasmo, "Se é assim, então fique para sempre como a amante escondida, eu desisto do divórcio!"

"Elvira!" Sófia exclamou, furiosa, "Você acha que pode simplesmente decidir não se divorciar? Com base em quê?"

O celular na mesa começou a vibrar, o visor mostrava uma chamada de "Hugo".

Eu já tinha mudado o nome dele nos contatos, sem saber mais como chamá-lo, então deixei assim.

Atendi, Sófia me chamou pelo nome completo de forma nada amigável, "Elvira! Você..."

"Sófia." Eu a interrompi, batendo os dedos na mesa.

Ela parecia mais desesperada do que eu, "Eu e Otávio ainda não nos divorciamos, você que não está se esforçando. De agora em diante, me ligue todo dia para marcar um encontro, se eu puder, eu vou."

Alguém bateu na porta do meu escritório, "Sra. Gattas, o carro está pronto, podemos ir para o tribunal agora."

Assenti com a cabeça, levantei e dei dois passos quando tudo escureceu à minha frente.

Alguém veio me ajudar e eu sorri sem jeito, "Desculpe, levantei rápido demais."

No carro, liguei para Nana, que estava insistindo para que eu fizesse um check-up. Eu vinha adiando, mas agora que não estava me sentindo bem, talvez fosse a hora...