Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 439

Otávio hesitou por um momento, mas não deu atenção e depositou outro beijo.

A mistura de hormônios com seu próprio cheiro criava uma sensação estranha, indescritível.

O aroma de chá que antes predominava em seu ser desapareceu, sendo substituído por um leve cheiro de sangue e desinfetante.

Contudo, em instantes, tanto os pensamentos quanto o senso crítico sucumbiram sob sua demanda quase insana.

Esse beijo, longe de ser suave, parecia mais um resgate pelo qual ele esperou milênios.

A fase de tatear e avançar desapareceu, e quando sentiu minha resistência diminuir, seus movimentos gradualmente cessaram, com seus lábios picoteando os meus suavemente, como se selando uma vitória.

Logo após, ele se deitou sobre mim, com a cabeça encostada em meu pescoço, me abraçando firmemente como se eu fosse um travesseiro.

Eu estava prestes a empurrá-lo quando minha mão parou no ar.

Uma sensação quente de líquido escorria pelo meu pescoço.

Eram as lágrimas de Otávio...

Elas desciam pelo meu pescoço, entrando pela minha gola, queimando meu peito de dor, Otávio estava chorando.

Eu já o havia visto chorar ocasionalmente.

Todo mundo tem seus momentos de emoção, pensei, e Otávio não era exceção, mas ele preferia esconder sua sensibilidade.

Mas agora, ele estava verdadeiramente chorando.

Sua voz embargada, disse, "Meu futuro é sombrio, não consigo ver nada."

O que ele estava dizendo? Ele era o CEO mais jovem e promissor da Cidade S, divorciar-se apenas o tornaria o solteirão mais cobiçado, seu futuro não poderia ser sombrio.

Deixei minha mão cair desajeitadamente e me ajeitei, ficando em silêncio.

O celular de Otávio tocou novamente, e foi quando ele lembrou como a situação era embaraçosa.

Ele nem ousou olhar para mim, virou-se e pegou o celular.

Sófia deu uma risada fria, "Parece que você é quem está delirando. Nesse caso, por que não se muda para o quarto ao lado? Assim, você pode ver por si mesma se ficar aqui faz bem ao meu irmão!"

Ela bateu palmas e dois homens de jaleco branco apareceram, "Parece que a secretária do meu irmão também pegou sua insanidade, dê a ela um tranquilizante diário e a leve para o quarto ao lado."

Um dos homens assentiu e eles agarraram Sra. Tereza pelos braços, arrastando-a para fora.

Ela resistiu e recebeu um soco no estômago, sendo arrastada como um cachorro morto.

Logo depois, os homens voltaram, e Sófia perguntou, "Como essa mulher entrou aqui? Não era para este hospital estar sob nosso controle?"

O homem baixou a cabeça, "Ela escalou o muro... Vou falar com Sr. Guedes para reforçar o pessoal e aumentar a frequência das rondas!"

"Que inúteis! Não conseguem vigiar uma pessoa!" Sófia zombou, "Essa Sra. Tereza é realmente leal ao meu irmão."

"Sim," o homem concordou.

Sofia começou a rir baixinho, "Mas eu simplesmente não suporto ver alguém sendo leal ao meu irmão, ninguém - absolutamente ninguém - pode!"