Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 441

No hospital, o médico nem teve tempo de repreender Otávio, já estava preparado para me aplicar a injeção para evitar o aborto.

Eu impedi o médico de prosseguir, apenas olhei para Otávio, comunicando-lhe minha decisão firme.

"O que estão esperando? Já disse para não ficarem tão agitados, não querem mais o bebê? Por que todas aquelas injeções se não o querem?"

"Você é o pai da criança? Sua esposa está em tal condição de saúde e ainda assim a deixou engravidar. Além disso, não cuida dela, ela vem sozinha todas as vezes, toma as injeções em silêncio e vai embora. Eu, como médico, já vi muitos pacientes, mas isso realmente parte meu coração. Ah, você nem vem, mas pelo menos ela estava cuidando bem da criança. Agora que você veio, diretamente a estressou a ponto de ter sintomas de ameaça de aborto!"

"Ai, isso me mata!" O médico balançou a cabeça, "Vou dar cinco minutos para vocês conversarem direito, depois tenho que entrar e aplicar a injeção!"

Otávio folheava meu prontuário com uma expressão sombria terrível.

Desde o momento em que soube da gravidez, para evitar a tragédia anterior, escolhi o caminho de preservar a gravidez a todo custo.

Rebento, proteínas, Hcg, progesterona, Enantato, emulsão de lipídios, ciclosporina, aspirina, fenofibrato, estava disposta a tentar qualquer coisa para salvar a gravidez.

De uma injeção por dia a três em dois dias, e depois duas por dia, vivia constantemente com o coração na mão.

Temia a tragédia anterior, mas também ansiava pela chegada do bebê, sofrendo tremendamente por dentro.

Otávio permanecia em silêncio, e no pequeno quarto de hospital, apenas o som das páginas sendo viradas podia ser ouvido.

"Por que... por que isso está acontecendo?"

"Não necessariamente é sua saúde que está ruim, deve ser o hospital que não presta! Vou ligar para a Sra. Tereza agora mesmo, para trazer um especialista para uma consulta, como nosso bebê pode dar tanto trabalho assim para os pais!"

Otávio andava de um lado para o outro ansiosamente, "Quem tem cuidado de você? Será que aquela Dona Rebeca te deu algo impróprio para comer? Como deixaram seu corpo ficar tão frágil!"

...

Otávio até suspeitava da cozinheira, mas nunca duvidava de sua própria mãe.

"Otávio..."

Com as mãos fracas, eu mexia na coberta, chamando-o baixinho. Ele imediatamente parou e se agachou ao meu lado, segurando minha mão, "Está desconfortável com a coberta? Vou ajustá-la para você, não se mexa, não confio neste hospital. Assim que você se sentir um pouco melhor, vamos embora, transferir para outro hospital."

Eu sorri para ele, balançando a cabeça, "Já é tarde demais."

"Como assim, tarde demais?" Otávio empalideceu!

"Eu estou sangrando..."

Otávio estava diante da minha cama de hospital, fechou os olhos lentamente, "Você ouviu, eles disseram que estamos divorciados agora."

Eu balancei a cabeça, "Verifique no aplicativo do banco o status do nosso casamento."

Ele parecia angustiado, "Nós somos um caso especial, não seria possível verificar o divórcio tão rapidamente, pelo menos até amanhã de manhã."

"Otávio, eu não acredito em você."

"Elvira, por favor, não brinque assim, eu te imploro, não brinque com a vida do nosso filho."

Eu apenas repetia, "Otávio, eu não confio mais em você."

Assim que terminei de falar, Otávio de repente socou a parede, um grito de dor escapou de sua garganta, enquanto ele continuava a discar no telefone, "Cinco minutos! Traga o nosso divórcio para o hospital materno-infantil!"

Cinco minutos. Esse tempo era curto o suficiente para relembrar os cinco anos que passamos juntos, mas também longo demais quando se trata da fragilidade da vida.

No momento em que vi o documento do divórcio, Otávio estava trancado do lado de fora da sala de cirurgia.

Cinco minutos depois, a porta da sala de cirurgia se abriu novamente, e o médico, balançando a cabeça, disse a Otávio, "É tarde demais, o bebê se foi, meus pêsames..."