Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 450

No telefone, Dr. Franco também ouviu o que Sófia disse e concordou, dizendo, "Se o paciente tiver uma reação exagerada, é melhor não provocá-lo. É preferível que alguém de confiança o traga ao hospital, assim nossos especialistas podem avaliá-lo. Caso contrário, mesmo que o tragam, a resistência desse tipo de paciente é muito forte, e talvez ele não queira cooperar..."

...

Eu escutava em silêncio.

Se na primeira vez que descobri Otávio tomando remédio, eu tivesse escolhido acreditar nele, em vez de pensar que ele estava me enganando, talvez eu pudesse ser essa pessoa "de confiança".

Mas eu nunca ousei acreditar.

A pessoa era Otávio! O objetivo que eu tinha perseguido desde a infância, como ele poderia estar doente...

Mas ele era Otávio! Aquele que desde pequeno sabia se conter, que ao crescer entendeu ainda mais que nem alegria nem raiva deveriam transparecer, como eu poderia perceber sua atuação forçada.

O telefone de Sófia tocou de repente, era uma ligação do hospital.

A voz do outro lado estava claramente em pânico, "Sra. Neves, o Diretor Barcelos subiu ao terraço!"

Subiu ao terraço!

Subiu ao terraço!

Subiu ao terraço!

O pequeno espaço ficou imediatamente envolto em silêncio, até a respiração tornou-se cautelosa nesse momento.

A cena do sonho mais uma vez surgiu em minha mente, meu coração estava preso na garganta.

O carro parou em frente a um prédio branco, talvez por estar tão desolado, havia um ar de frieza por toda parte.

Pensando em Otávio ficando sozinho nesse lugar por meses, meu coração se encheu de culpa.

Sófia estava certa, eu não tinha sido nada gentil com ele, inclusive ontem.

Ele não estava no abismo, mas eu o empurrei para lá.

Liberato me agarrou pelo braço, "Não vá, deixe ela ir!"

Seu olhar se voltou para Sófia.

"Como vou subir assim?" Sófia levantou o pulso, as algemas pareciam deslocadas em seus pulsos delicados.

Liberato era mais cauteloso do que eu, "Sem discussão, aqui, além de você, ninguém tem relação com o de lá em cima!"

Dizendo isso, ele me puxou de volta para o carro da polícia.

Eu me acalmei, talvez Liberato temesse que eu estimulasse Otávio novamente.

Olhei para Sófia, minha mão direita inconscientemente pousou sobre meu abdômen, "Diga a Otávio que, se ele descer, eu vou contar um segredo."

"Que segredo?" Sófia perguntou.