Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 463

Otávio de repente perdeu o brilho no olhar, mas sua voz estava carregada de emoção, "Como não? Se você quiser."

Eu fiquei em silêncio, ouvindo, enquanto Otávio se tornava mais insistente.

Ele disse, com os dentes cerrados, "Elvira, eu ainda não comi, vamos jantar juntos? Faz tempo que não faço uma refeição de verdade. Você poderia me fazer companhia?"

"Otávio, comer bem é essencial para manter a saúde e ter forças para enfrentar as adversidades. Você tem que cuidar de si, mas eu não estou com fome agora, então não vou te acompanhar."

De repente, um som alto de algo sendo violentamente atingido veio do outro lado da linha, me assustando.

As mãos de Otávio tremiam no encosto da cadeira enquanto ele falava, com tristeza, "Eu só queria um pouco do seu tempo, tenho algo importante para dizer. Se você não quer jantar, podemos pelo menos tomar um café da tarde juntos. Acho que há alguns mal-entendidos entre nós..."

"Otávio," interrompi suavemente, "Desculpe, mas eu realmente tenho outro compromisso. Se você quer muito jantar, peça a alguém para te acompanhar."

Eu tinha que ir ao hospital para uma injeção, não podia me atrasar. E, nesse ponto, mal-entendidos já não importavam mais.

Apertei os punhos com força, sentindo uma tempestade de emoções por dentro.

O que Otávio pensava que eu era?

Quando eu estava ansiosa por ele, a esperança de vida não vinha de mim, nem do bebê que esperava.

Ele havia me dito claramente que estávamos divorciados e que, a partir de então, ele só tinha Sofia como família.

Agora que eu precisava ir ao hospital, ele só pensava em si mesmo, sem considerar a mim ou ao bebê.

Por que eu deveria vê-lo novamente?

Apenas por compaixão, por ele estar doente, eu poderia tratar-lhe bem, mas isso seria tudo.

Eu amei alguém com tudo que tinha, lutando contra ele com todas as minhas forças; manter distância após o divórcio, usando a dor passada, era o melhor para nós dois. Como eu poderia encontrá-lo novamente?

Eu fechei os lábios, falando baixinho, "Otávio, é melhor assim."

Com isso, desliguei o telefone.

Zhang Ailing uma vez disse que pessoas que realmente se amaram não podem ser apenas amigos.

Um olhar pode amolecer o coração, um abraço pode fazer afundar, e um olhar a mais pode fazer querer tudo de volta.

Então, ou é para a vida toda, ou é para se tornarem estranhos.

Entrei no carro e fechei a porta com força, como se quisesse desabafar algo.

Se Otávio pudesse me enfrentar tão tranquilamente, até mesmo ser meu amigo, então ele nunca me amou de verdade.