Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 48

Otávio era um exemplo de filho dedicado.

Ao ouvir minhas palavras tão contrárias aos bons costumes, ele estava prestes a explodir, mas foi interrompido por uma empregada que batia à porta do andar de cima.

A confusão de Sófia na escola havia chegado aos ouvidos da Família Barcelos.

Otávio queria transferir Sófia para outra escola, e essa informação chegou ao conhecimento da diretora, que, com medo de ofender a Família Barcelos, ligou pessoalmente para os pais de Sófia para pedir desculpas.

A Sra. Barcelos, visivelmente preocupada, segurou minha mão enquanto repreendia Otávio sentado à sua frente: "Eu sempre disse para você não mimar tanto sua irmã. Veja como chegamos longe, ela até brigou na escola! Ela é tão jovem, pode facilmente ser mal influenciada!"

Apertei meus dedos, pensando que Sófia sabia muito bem como gostar de seu próprio irmão. Ela não era mais tão pequena.

Fiquei sentada em silêncio e observei o Otávio ser repreendido, sem dizer uma palavra.

Hugo também concordou seriamente: "Como é que ela, convivendo com a nossa Elvira durante todo esse tempo, não aprendeu nada de bom com ela?".

"Ela?"

Otávio arregalou os olhos, lançando-me um olhar indiferente e levemente sarcástico: "Ela se superestima, ainda bem que a Sófia não a imitou!"

Arregalei os olhos de surpresa, justamente quando vi o rosto despreocupado do Otávio!

Se não fosse por ele ter me empurrado para frente, eu não teria acabado defendendo a Sófia e levado uma surra!

Irritada, mordi os lábios em segredo e contei a ela sobre o tapa que havia levado.

A Sra. Barcelos, sentindo minha dor, imediatamente empurrou para trás o cabelo que cobria a lateral do meu rosto, inalando profundamente em choque: "Minha querida, está tudo roxo".

Hugo pegou uma maçã da mesa de centro e a jogou na cabeça de Otávio. A maçã caiu no chão e se espatifou: "Se você não consegue proteger nem sua esposa nem sua irmã, para que serve você então?"

Otávio se endireitou rapidamente, fixando em mim um olhar penetrante.

…

Quando o estilista pediu que eu prendesse a respiração enquanto ele ajustava o vestido, eu estava à beira das lágrimas, completamente arruinada pelo Otávio.

O vestido em tons de azul e verde, que lembrava o mar, era deslumbrante. As decorações em forma de escamas pareciam as ondas profundas do oceano, salpicadas de estrelas, espalhando-se do peito até a barra da saia. As curvas justas e elegantes realçavam perfeitamente a silhueta dos sonhos, e, embora eu já estivesse magra, ainda assim tive dificuldade para vesti-lo.

Desisti de falar com o estilista: "Talvez devêssemos escolher outro..."

Mal terminei de falar, e senti um calor na nuca, seguido pelo dedo do estilista deslizando pelas minhas costas.

"Não foi você quem escolheu?"

Levei um susto com a voz repentina de Otávio atrás de mim, sem perceber quando ele havia chegado e tomado o lugar do estilista.