Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 507

Eu corria apressadamente para fora quando, por acaso, me deparei com Antônio, que me procurava por todo lado.

Ele me segurou, ofegante, e olhou por cima da minha cabeça, tentando ver algo atrás de mim. Tentei disfarçadamente fazer o mesmo, mas não vi Otávio por perto, o que me aliviou profundamente.

Antônio apertou os punhos, que estavam atrás de seu corpo, e perguntou com voz grave, "Você o viu?"

Sabia que não podia esconder isso dele, nem havia necessidade. Confirmei com um aceno de cabeça.

Antônio parecia querer dizer algo, seus lábios se moveram várias vezes sem emitir som, até que finalmente disse, "Me espera no terraço do segundo andar, já volto."

Ele se virou para ir embora, mas eu o segurei, balançando a cabeça em negativa, "Antônio, hoje a casa está cheia de convidados."

Antônio baixou a cabeça, imóvel, sem olhar para trás.

Eu disse, "Dalmo está cuidando dos hóspedes que querem se hospedar, está uma bagunça lá fora. Vamos subir para tomar um ar."

Antônio lentamente se virou, e eu me senti aliviada por perceber que aquele rapaz arrogante e impetuoso finalmente tinha amadurecido, caso contrário, ele não teria me dado a chance de detê-lo.

O luar banhava as pessoas com pensamentos diversos, e de repente, Antônio me abraçou.

Seu queixo repousava no topo da minha cabeça, e sua voz, grave e rouca, ressoava em minha mente, "Elvira, você se importa com o fato de eu ter sido casado antes? Eu juro que só beijei aquela mulher uma vez, no nosso casamento, e nunca aconteceu nada entre nós que não deveria ter acontecido. Elvira, meu coração e meu corpo são inteiramente seus."

Essa declaração apaixonada e intensa me pegou de surpresa, eu estava um pouco nervosa, tentando me soltar, "Antônio, não faça isso."

Antônio me abraçou mais forte, parecendo um casal apaixonado aos olhos dos outros, e sussurrou baixinho, "Se você não se importa comigo, onde então está o problema entre nós? Elvira, eu realmente tenho medo de você repetir o passado."

Ter um homem como ele ao meu lado deveria me fazer sentir satisfeita, mas como Antônio disse, parecia haver um problema entre nós.

Se fosse para analisar profundamente, a verdadeira questão seria o nosso passado.

A coragem de amar alguém vem apenas uma vez na vida, e uma vez perdida, é difícil retomar o que foi deixado para trás.

"Antônio, Nana está planejando estudar na França, ela me convidou para ir com ela, o que também facilitaria o tratamento de Estela. Depois de resolver minhas coisas aqui, eu não irei com você, mas prometo visitá-lo no futuro."

Antônio ficou surpreso, "Elvira, não brinque assim comigo. Na França, vocês não conhecem ninguém, por que iriam para um lugar completamente desconhecido? Eu jamais permitiria que você fosse sozinha."

"Antônio, eu já te atrasei por tantos anos, não vou te atrapalhar no próximo."