Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 512

No dia do aniversário da senhora Elói, acabei não conseguindo participar.

Meu carro acabara de entrar em um espaço vazio e estacionar, quando, no momento em que desci, fui agarrado pela cintura e empurrado para dentro de um veículo comercial preto ao lado.

Os movimentos do outro eram tão profissionais que pareciam os de um criminoso habitual. Se não tivesse visto o rosto sombrio de Otávio, certamente teria gritado pedindo ajuda!

Na festa de hoje, Elói havia convidado muitas pessoas, e o estacionamento estava repleto de carros de luxo, mas apenas ao lado do carro de Otávio havia um espaço vazio. Ele provavelmente estava me esperando ali há muito tempo, apenas aguardando que eu caísse na armadilha.

A proximidade entre nós era tão íntima que, mesmo um olhar casual aos olhos de outros parecia carregar uma profundidade emocional, como se quiséssemos gravar o outro em nosso coração, uma proximidade que doía no peito apenas de pensar em desviar o olhar.

Com um certo desânimo, levantei a mão para cobrir meus olhos, “Você pode sair de cima de mim?”

Em vez de se mover, Otávio, após fechar a porta do carro com a mão oposta, agarrou meu pulso, seu olhar parecia repreender, “Vamos ver quem está desobedecendo!”

O carro de Otávio tinha uma privacidade excepcional, de modo que mesmo alguém usando o vidro do carro como espelho não conseguiria ver as pessoas dentro dele, o que o deixava ainda mais desinibido em seus movimentos.

Hoje eu estava vestindo um vestido de seda vermelho-escuro com decote, cujo tecido liso gerava pouca resistência sob o paletó preto. Mas, mesmo que eu fosse escorregadio como um peixe, Otávio me mantinha firmemente pressionado, do pulso ao peito, coração contra coração.

O vestido já era leve e tinha pouco tecido na parte superior, e ser pressionada por um homem dessa maneira poderia facilmente levar a algo inapropriado para menores.

“Otávio, eu realmente tenho algo importante!”

A diferença de força entre um homem e uma mulher é grande, e se ele não se levantasse, eu não conseguiria me libertar, um sentimento de injustiça brotando dentro de mim.

Minhas pálpebras tremeram ao pensar em Estela, que estava esperando em casa. Depois de resolver o problema com essas pessoas difíceis, levaria Estela embora e nunca mais apareceria diante de Otávio.

Otávio hesitou, surpreso por minha reclamação, e recuou, me erguendo do assento traseiro.

Levantei meu olhar para ele, sentindo-me ainda mais irritada.

“Quando voltei ao país e te vi na Vila Oceano Luxo, perguntei o que você queria. Você não respondeu, apenas ameaçou se intrometer na minha vida daí em diante. Não entendo como isso te beneficia.”

“Eu disse, se você quiser dormir comigo, dormiremos. Depois, todos os nossos problemas e ressentimentos estarão resolvidos. Mas você não queria me tocar, e agora está aqui me pressionando. Otávio, vingança não é assim, se ainda está doente, vá se tratar!”

Depois de desabafar, tentei abrir a porta do carro ao meu lado, mas Otávio me envolveu em um abraço por trás.

Ele me abraçou forte, e sua respiração fraca sussurrou em meu ouvido, "E se eu quiser? Afinal, já estamos sujos, então, podemos ficar juntos, não é?"