Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 6

"Linda. Nossa Sófia fica linda de qualquer jeito nas fotos."

Respondi sem prestar muita atenção.

Ela deslizou o dedo pela tela, mostrando uma foto após a outra, murmurando: "Aquele meu irmão é um canalha, ele só me ignorar. Olha, eu mandei as fotos para ele e ele só falou 'Sim'".

Otávio sempre foi um pouco reservado, mas com Sófia, ele era a paciência em pessoa, sempre respondendo a todas as mensagens.

[Eu estou bonita?]

[Sim.]

[Irmão, por que você ainda não veio?]

[Já vou.]

[Qual foto você acha mais bonita?]

[A segunda.]

.....

Refletindo sobre minhas próprias interações com Otávio, talvez o total de suas respostas para mim não tenha sido nem um décimo do que ele respondeu para Sófia.

"Seu irmão é bem ocupado".

Eu estava um pouco distraída.

"Ai..."

"Elvira, você está aqui!"

"Irmão! Você está aqui!"

Nunca imaginei que um quarto de hospital pudesse ser tão cheio de vozes.

Quando Otávio se aproximou, de pé sob as luzes, o som de minhas lágrimas caindo no chão foi ensurdecedor.

De repente, senti meu pulso ser agarrado com firmeza, e Otávio me puxou para fora do quarto.

Meu ombro bateu contra a parede ao lado da porta, e mordi os lábios para suportar a dor.

Ele olhou para baixo, ajeitando as mangas de forma séria e falou devagar: "Fala, o que aconteceu hoje?"

"Eu vim ver Sófia, não consegui ficar tranquila. Agora que você chegou, eu posso ir..."

"Não tem nada pra ver aqui. Eu disse que é só uma recaída, logo ela melhora."

Agradeci com um aceno de cabeça.

Mas eu já tinha esperado tantos anos, será que ainda deveria esperar mais?

Em seguida, o médico disse que a unha estava presa à carne, sugerindo que eu a removesse: "Vai ser um procedimento pequeno, chame alguém de sua família".

Olhei para minha mão, a unha presa por finos fios de carne, sangrando, parecendo que realmente precisava de uma cirurgia.

Será que Otávio ficaria preocupado se visse isso?

Mas ele estava no hospital e não atendia minhas ligações.

"Não se preocupe, doutor, eu dou um jeito".

Fui para a sala de cirurgia sozinha, vendo o médico injetar anestésico em volta do meu dedo sem dar um pio.

Ele olhou para mim com espanto: "Isso dói muito, está vendo? Muitos homens não suportam isso. Uma moça estava fazendo um curativo mais cedo, chorando muito, agarrada ao namorado. Mas, falando sério, o namorado dela foi muito atencioso".

Eu disse baixinho: "Se meu marido estivesse aqui, eu também choraria".

O médico, tentando me distrair, brincou: "Então vamos esperar seu marido chegar".

Eu balancei a cabeça: "Meu marido provavelmente é o namorado atencioso que você mencionou."