Nosso Passado romance Capítulo 12

Resumo de Capítulo Dois - 4: Nosso Passado

Resumo do capítulo Capítulo Dois - 4 do livro Nosso Passado de Ninha Cardoso

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo Dois - 4, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Nosso Passado. Com a escrita envolvente de Ninha Cardoso, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Parte 4...

— Onde você esteve todo esse tempo?

— Longe - ela respondeu de modo displicente.

— E o que fez?

— Muitas coisas - ela mexeu os lábios de um lado para outro — Você vai querer um dossiê de minha vida? Tenho que anexar a folha corrida da polícia, provando que não roubei mais ninguém?

Ele puxou o ar fundo. Ela estava sendo muito cínica e isso era irritante.

— Não precisa agir dessa maneira - ele gesticulou — Eu não vou te atacar.

— Eu agradeço - o sorriso dela não chegou aos olhos — Se você já disse o que queria - mostrou as sacolas — Eu tenho que entrar. As sacolas estão pesadas. E se você for me expulsar da cidade, pode esperar até que eu resolva os assuntos de minha avó?

A cara que ela fazia era digna de um prêmio. A garota de antes jamais conseguiria fingir dessa forma.

— Não tenho nenhuma intenção de fazer isso.

— De novo, você quer dizer - ela meneou a cabeça — Só pra lembrar.

A lembrança do dia em que finalmente entendeu que ela tinha ido embora da cidade, voltou com força. Ele reviu quando em um acesso de raiva e e tristeza, tinha arremessado o telefone sem fio contra a janela do quarto, que se partiu como o coração dele.

— Vai precisar de dinheiro. Posso lhe dar um emprego para ajudar nas despesas com a casa.

Se aquilo não era consciência culpada, unida a arrogância dele, ela duvidava. Ela se segurou para não deixar que uma gargalhada estragasse seu disfarce.

Ele lhe oferecendo um emprego. Justo a ela que podia comprar o que quisesse. E que tinha muito mais do que a família esnobe e ridícula dele. Era quase uma piada.

Porém, aquilo veio a calhar em seus planos. Se ela aceitasse, eles continuariam a achar que ela era ainda a mesma coitada. Ela poderia ficar de olho nos acontecimentos e usar algo em seu favor.

— Ok, isso vai me ajudar muito - respondeu mostrando estar grata — E onde seria?

— Tenho um restaurante que inaugurou no mês passado. Pode trabalhar lá. O salário é bom.

“Idiota. Ainda o mesmo que acha saber de tudo”.

— Eu tenho que levar um currículo?

— Não - ele endireitou a postura, a fitando um instante — É só chegar lá às sete da manhã. Vou te dar o endereço. Tem papel e caneta na casa?

De jeito nenhum ela deixaria que ele entrasse na casa.

— Pode me falar, eu não esqueço nada.

Não mesmo. Menos ainda o que ele havia feito.

— Você é louca, Anelise? Por que sumiu assim? - ele precisava perguntar, estava com a língua coçando — Fui atrás de você no final da semana, quando recuperei o bom senso - ele disse com amargura — Eu queria falar à sós, mas você já tinha desaparecido. Sua louca, maldita!

Ela era a louca? Só mesmo ela se segurando para não explodir e responder à altura.

— Você que é louco por ter acreditado naquelas mentiras absurdas que sua mãe e sua irmã criaram. Maldito é você, por ter pensado que eu era amante de Jonas e que havia lhe roubado - ela falou firme, mas sem elevar a voz — Espero que os quatro estejam bem. As mentiras que Jonas e Novaes criaram para me atingir, me perseguiram por anos.

Ela viu que ele teve uma reação de surpresa real. Isso queria dizer que ele ainda não sabia da verdade toda. O olhar perdido era real. Então ele não sabia que todos eles estavam combinados.

— Nada - levantou o olhar e o encarou.

Ele sentiu que estava mentindo. Seus olhos tinham um brilho diferente. Ele errara no passado quando a acusara injustamente. Talvez ela realmente o odiasse.

Ele disse o endereço do restaurante. Coincidência ou não, ficava bem perto da pousada onde eles costumavam ir para curtir a paixão um pelo outro. Ela mudou o pensamento.

— Pode deixar que eu acho. Não é difícil. Amanhã eu apareço por lá no horário.

— Então... Vai ficar por um tempo - ele perguntou de cara amarrada.

— Até que seja necessário, sim - ela apertou os olhos — Não está tendo ideias, está? Eu nunca repito os erros do passado - comentou de propósito.

Ele virou o rosto um segundo, pensativo. Depois a encarou, dano um passo à frente.

— Você... Tema alguém? Um homem em sua vida? - seu olhar escureceu.

Ela pensou no filho e quis sorrir, mas não o fez.

— Tenho sim.

Ele não podia esperar que ela fosse sozinha ainda. Sentiu uma pontada estranha.

Autora Ninha Cardoso

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