Nosso Passado romance Capítulo 11

Resumo de Capítulo Dois - 3: Nosso Passado

Resumo de Capítulo Dois - 3 – Uma virada em Nosso Passado de Ninha Cardoso

Capítulo Dois - 3 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Nosso Passado, escrito por Ninha Cardoso. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Parte 3...

Ela foi irônica. Ele ficou rígido.

— Vim confirmar se era você. O que faz aqui na cidade?

— Pensei em aproveitar que tive que voltar, para roubar sua família de novo - foi mais irônica e cruel na piada, lhe devolvendo o olhar frio na mesma moeda — É uma boa hora para roubar mais coisas - indicou a casa com a cabeça — Agora tenho onde esconder melhor.

Ele ficou incomodado com a resposta e enfiou os dedos no cabelo, o sol brilhando entre os fios. Incrivelmente bonito, ela pensou. Mas conseguiu se segurar do impacto de vê-lo e manter o semblante calmo e sem mudanças.

Ela lembrava como era enfiar os dedos naquela cabeleira macia e farta. Sempre gostou de seu cabelo.

Ele soltou um suspiro fundo.

— Três semanas depois de tudo, Jason voltou até nossa casa e confessou que você nunca roubara nada.

Ela balançou a cabeça. Jason era um dos supostos amantes que a mãe dele pagara para mentir e criar histórias sobre ela.

De acordo com o plano nojento e perverso dela, Anelise tinha mais dois amantes além de seu filho e que costumavam transar juntos, em uma orgia particular. Algo que ela nem sabia na época o que era realmente. Foram muitos detalhes e até fotos dela junto com os dois em bares.

Uma bela encenação e armação. Ela lembrava dos momentos das fotos e nada tinham a ver com a traição de que era acusada.

Em duas dessas fotos, recordava que Jason fingira a encontrar por acaso e puxou conversa, todo gentil e educado, fazendo-a se soltar enquanto o suposto segundo amante, tirava fotos de longe.

Novaes, o tal segundo amante dela, de acordo com sua irmã Márcia, até havia dormido na casa de Lourdes, sua avó. E claro que tudo foi confirmado, inclusive o roubo que ela teria cometido junto com Jason.

Foi tudo muito bem armado.

Mathias acreditou de imediato. Ciumento e possessivo como era, além de muito machista, comprou a versão sem questionar. Nem mesmo a deixou falar quando tentou explicar.

Afinal, as informações vinham de sua mãe e irmã. Ela era a intrusa na família.

Foi cruel com ela e com certeza nunca a amara como pensou. Amar é confiar no outro e ele não lhe dera nem a chance de se explicar. Só aceitou a mentira e pronto. A julgou e condenou.

E pior ainda.

Ele também dissera coisas horríveis para ela, que a humilharam na frente delas, que estavam gostando de ver seu sucesso na mentira. Cada palavra ele acreditou, na vontade de liberar sua raiva.

— Pois é... Fiquei mesmo sem entender porque a polícia não veio atrás de mim depois de todas as... Provas - ela disse com ênfase seca.

— Eles chegaram a ir - fez uma cara fechada — Mas você tinha sumido e depois minha mãe retirou as acusações.

— Ah! - ergueu o queixo.

Luíza era má. Ela só retirou as acusações depois de um ano, quando entendeu que ela não voltaria à cidade. Haroldo a levara para sua vila paradisíaca na Toscana e lá ela ficou até o filho nascer, sendo protegida por Felipe e sua equipe. Não a achariam ali.

Alan na verdade tinha cidadânia italiana e brasileira. E tinha sido registrado legalmente como filho de Haroldo. Ela ficara grata e feliz por toda aquela proteção.

Ele enfiou a mão no bolso do blazer azul caro e puxou uma carteira de cigarros, pegando um e levando aos lábios. Se odiou por se sentir vulnerável ao ponto de tremer a mão quando acendeu o cigarro com o isqueiro dourado.

— Porque não fica com a casa? - perguntou e se odiou.

Ela mexeu a cabeça, fazendo uma cara de coitada.

— Não acho que seja bom, eu ficar em um lugar onde todos me odeiam. Pode ser perigoso para minha saúde.

— Eu não odeio você - ele disse em tom baixo.

— Não? - ela deu um leve riso — Tem certeza disso? Porque que eu me lembre, você disse que me odiava pelo que eu fiz à você.

Ele olhou meio perdido para a casa por um instante e depois a encarou de novo.

— Você também disse isso. Eu não odiava você mesmo. Nunca esqueci de nossa primeira vez - ela corou e ele gostou — Eu fui seu primeiro amante, não é mesmo?

Ela não gostou dele ter trazido esse assunto de volta e o alfinetou em resposta.

— Alguém tinha que ser o primeiro - sorriu cínica — Mas não foi o único - o provocou — Não seja tão egocêntrico para se achar insubstituível.

Para ele foi duro ouvir aquilo. Sentiu um tremor leve nos braços e as mãos formigaram. O orgulho dele ficou ferido, mas não respondeu de volta.

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