Nosso Passado romance Capítulo 22

Parte 8...

Ter companhia animal desde pequeno muda muitas coisas na vida de uma criança. Eles são ótimos para o desenvolvimento emocional e do caráter.

Ter um bicho de estimação cria memórias incríveis e proporciona uma vida mais longa e saudável. Animais em casa, quando bem cuidados, fortalecem o sistema imunológico, estimulam o cérebro, são terapêuticos, controlam o estresse infantil e ainda ajudam no desenvolvimento físico por conta das horas de correria e risadas.

Quando Haroldo lhe disse que os filhos eram livres para se desenvolver, ela ficou feliz com isso e logo deu apoio quando Alan surgiu com seu primeiro pet. E não se arrependia.

O filho tinha uma empatia enorme por vários assuntos e para ela era um orgulho ter um filho que crescia bem no emocional. E sua avó Lourdes sempre lhe dizia para desconfiar de pessoas que não gostavam de animais.

— São pessoas más - Lourdes dizia — A pessoa pode não ter tempo, não ter espaço, não ter condição financeira ou até física de criar, mas ela respeita e não maltrata o animal. Não tem ou não quer, mas jamais aceita o abuso a um ser inocente - ela era firme nisso — Agora, pessoas que não gostam de forma alguma, de nenhum tipo de animal e que ainda acham normal o abandono e o mal trato, muito cuidado, pois são pessoas más no interior. Afaste-se!

Ela nunca esquecia dessa e de muitas outras conversas com a avó e usava isso para seus filhos. Continuou a conversa com Felipe sobre o restaurante.

— Cuidado para essa gente ão descobrir seu segredo.

— Eu estou tomando cuidado. Eles acham que sou a mesma de antes, só mais velha.

— É bom mesmo - ele pausou e depois falou mais baixo — O seu cunhado está aqui. Ele foi direto para seu escritório.

Ela franziu a testa achando estranho. Tinham combinado que ele fosse visitar os sobrinhos, mas não mexer em suas coisas. Para assuntos de trabalho ele poderia ver isso na empresa. Pediu para Felipe passar o telefone para ele.

— Hã... Como está indo aí?

Ela achou esquisito o modo receoso como ele falou.

— Está indo tudo como planejado. O que você faz em meu escritório? - ela perguntou direta.

— É que... Precisei do contrato do frigorífico Eliezer.

— E para quê?

— É que os acionistas pediram para revisar um ponto e você estava com a pasta do original.

— Porque eu ainda não terminei de analisar.

— E vai poder? Quer dizer, com essa distância e com...

— Nunca deixei nada pela metade ou malfeito - o cortou, seca — Não sei porque essa desconfiança na minha capacidade.

— Não é isso, é só pelo tempo e...

— Não podem fazer nada sem a minha assinatura.

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