Resumo do capítulo Capítulo Quatro - 2 de Nosso Passado
Neste capítulo de destaque do romance Romance Nosso Passado, Ninha Cardoso apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Parte 2...
Ligou para a avó certa vez para saber como estavam as coisas e ela lhe disse que não voltasse. Luiza tinha aparecido em sua casa com ameaças e Márcia encontrou com ela na rua e aproveitou para dizer que o irmão estava entrando com um processo contra ela por roubo. E às vezes durante a noite o telefone tocava e ninguém dizia nada do outro lado.
Ela não poderia mesmo voltar. As ameaças continuavam.
O tempo foi passando. Ela foi até o endereço que Camélia havia lhe dado e já tinham contratado outra pessoa no dia anterior. Mesmo desanimada ela seguiu no dia seguinte para o segundo endereço, mas antes de chegar até lá, a mão divina interviu e sua vida começou a mudar.
***************
Fazia calor. Era final de tarde, mas o ar estava carregado, parecendo que em breve choveria. Ela comprou um copinho de água mineral em um trailer e sentou em um banco da praça para descansar os pés.
Não se sentia bem. Sua pulsação estava rápida e sentia uma leve tontura. Bebeu um gole e fechou os olhos, sentindo o mundo girar. Sabia que estava caindo, mas não chegou a sentir o baque no chão, como seria esperado.
Piscou várias vezes para focar os olhos em algo. A sombra à sua frente foi ganhando forma e quando sua visão clareou ela o viu. O rosto preocupado de um homem que a segurava com cuidado.
O cabelo muito loiro, quase branco. Nariz comprido, boca grande de lábios bem feitos e um par de olhos esmeralda que a observavam com curiosidade.
— Você está bem? - ele questionou preocupado — Eu tive que correr muito para conseguir te segurar a tempo.
— O que? - piscou de novo sem entender.
— Você desmaiou, eu acho. Ia cair de cara no chão. Com certeza iria se machucar.
Ela notou o sotaque arrastado dele e sorriu de leve. Ainda não se acostumara a esse sotaque local.
— Eu... Fiquei tonta - se ajeitou tímida — Mas estou bem agora. Obrigada por me segurar.
— Eu nunca o vi correr tanto.
Ela olhou para o lado. Um outro homem bem alto, forte, barbudo e de presença excêntrica a olhava com um sorriso.
— Não costumo correr - ele riu — Mas foi por uma boa causa - a encarou segurando sua mão.
— Você está doente? - o outro perguntou e apontou para a clínica do outro lado — Precisa que a leve até lá?
— Não - respondeu meio débil — Estou grávida.
Os dois se olharam espantados.
— Está esperando seu marido? - o loiro que a segurou questionou.
— Eu não tenho marido - abaixou a cabeça, envergonhada.
— O pai da criança? - o outro perguntou.
Foi inevitável. Ela encheu os olhos de lágrimas e balançou a cabeça, se sentindo derrotada.
— Tanto faz - respondeu com timidez.
A situação era tão embaraçosa que não tinha nem vontade de pensar em algo, o que viesse estaria bom.
— Eu vou pedir para você, então - sorriu educado.
Felipe fez o pedido dele também e quando o garçon se afastou ele começou a questioná-la. Ela apesar de não os conhecer, não tinha porquê mentir ou esconder nada. Estava cansada mentalmente e carente de atenção.
— Mas o pai do bebê vai vir para cá depois?
— Não. Como eu disse, ele não sabe que estou grávida e nem para onde vim - mordeu o lábio.
— E por que não lhe contou?
Ela fez um resumo do que havia acontecido nas últimas vezes em que esteve na casa de Mathias. Já não tinha mais vergonha de falar sobre o assunto, ela não era culpada.
— Eu sinto muito por isso - Felipe disse solidário — Ele foi muito tolo em acreditar nessa armação da mãe.
— E vocês acreditam em mim? - ela abriu bem os olhos.
— É claro - Haroldo respondeu — Você não parece ser uma pessoa mentirosa - foi gentil — E já sofreu muito. Quantos anos tem?
— Tenho dezesseis.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....