Parte 3...
— Jesus! - Haroldo exclamou — Que absurdo ele fez com você... Isso é errado - olhou para Felipe que concordou com a cabeça — É muito jovem.
— Isso não é papel de um homem decente - Felipe disse de modo sério — Onde está hospedada?
Anelise disse onde ficava e contou que estava em busca de um emprego com moradia para começar a se organizar e contou também que as freiras queriam que ela desse a criança para a adoção assim que nascesse, mesmo sem ela querer.
— E o que você vai fazer? - ele apertou os olhos.
— Não sei - ela respondeu firme — Mas a criança é minha e jamais vou me livrar dela - fez uma cara fechada.
Haroldo gostou de ouvir a forma como ela respondeu, rápida e segura, apesar da situação tão difícil. E então ele soltou.
— Fique em minha casa - ele disse suave — Terá abrigo, proteção e um amigo.
— Dois - Felipe completou.
— Você vai me dar um emprego? - ficou surpresa.
— Se é o que você precisa - ele riu de modo gentil.
Ela ficou com medo da proposta e demorou a responder. Ambos perceberam seu receio.
— Apesar disso ser estranho, garanto que eu não sou um monstro que come crianças e muito menos um pervertido. Você poderá relaxar um pouco e e cuidar - ela olhou para Felipe — Ele tem a própria casa dele, em minha propriedade e não vai te incomodar com a cara feia dele o tempo todo.
Ela achou engraçado e riu, abaixando a cabeça pensando.
— Desculpe, mas você não tem outra oferta melhor, tem? - ele ergueu a sobrancelha.
— É, você tem razão.
— Então, você aceita? - ela fez que sim — Ótimo - sorriu contente com a resposta — Agora vamos comer.
O garçom voltou com os pedidos e saiu com um aceno de cabeça, desejando uma boa refeição. E Haroldo não demorou e logo começou a organizar as coisas de forma direta.
Anelise ficou impressionada com o jeito dele. Era muito rápido no pensamento e nas decisões, chegou até a ficar perdida.
— Você é bem jovem - ele bateu os dedos na mesa.
— Faço dezessete em cinco meses.
— Não tem problema - ele comentou.
— O quê? - ela não entendeu.
— Tem algumas coisas mais importantes para fazer antes, mas vou mandar que Samízia cuide delas.
— Quem é Samízia?
— Minha secretária particular - ele se ajeitou na cadeira — E Ludimila vai gostar de você, com certeza.
— É a sua esposa?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....