Nosso Passado romance Capítulo 26

Parte 3...

— Jesus! - Haroldo exclamou — Que absurdo ele fez com você... Isso é errado - olhou para Felipe que concordou com a cabeça — É muito jovem.

— Isso não é papel de um homem decente - Felipe disse de modo sério — Onde está hospedada?

Anelise disse onde ficava e contou que estava em busca de um emprego com moradia para começar a se organizar e contou também que as freiras queriam que ela desse a criança para a adoção assim que nascesse, mesmo sem ela querer.

— E o que você vai fazer? - ele apertou os olhos.

— Não sei - ela respondeu firme — Mas a criança é minha e jamais vou me livrar dela - fez uma cara fechada.

Haroldo gostou de ouvir a forma como ela respondeu, rápida e segura, apesar da situação tão difícil. E então ele soltou.

— Fique em minha casa - ele disse suave — Terá abrigo, proteção e um amigo.

— Dois - Felipe completou.

— Você vai me dar um emprego? - ficou surpresa.

— Se é o que você precisa - ele riu de modo gentil.

Ela ficou com medo da proposta e demorou a responder. Ambos perceberam seu receio.

— Apesar disso ser estranho, garanto que eu não sou um monstro que come crianças e muito menos um pervertido. Você poderá relaxar um pouco e e cuidar - ela olhou para Felipe — Ele tem a própria casa dele, em minha propriedade e não vai te incomodar com a cara feia dele o tempo todo.

Ela achou engraçado e riu, abaixando a cabeça pensando.

— Desculpe, mas você não tem outra oferta melhor, tem? - ele ergueu a sobrancelha.

— É, você tem razão.

— Então, você aceita? - ela fez que sim — Ótimo - sorriu contente com a resposta — Agora vamos comer.

O garçom voltou com os pedidos e saiu com um aceno de cabeça, desejando uma boa refeição. E Haroldo não demorou e logo começou a organizar as coisas de forma direta.

Anelise ficou impressionada com o jeito dele. Era muito rápido no pensamento e nas decisões, chegou até a ficar perdida.

— Você é bem jovem - ele bateu os dedos na mesa.

— Faço dezessete em cinco meses.

— Não tem problema - ele comentou.

— O quê? - ela não entendeu.

— Tem algumas coisas mais importantes para fazer antes, mas vou mandar que Samízia cuide delas.

— Quem é Samízia?

— Minha secretária particular - ele se ajeitou na cadeira — E Ludimila vai gostar de você, com certeza.

— É a sua esposa?

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