Parte 3...
— Eu... Me sinto péssima - torcia as mãos — Com tudo que aconteceu antes e agora... E ainda assim está disposta a ajudar meu irmão.
— Ele é o pai do meu filho.
— O menino se parece muito com Mathias - ela sorriu amarga — Eu peço desculpas... Por tudo. Não foi certo o que eu fiz - abaixou a cabeça — Eu fiquei com ciúmes do que você tinha com o meu irmão, porque eu queria isso com o Novaes e isso me deixou com raiva. Minha mãe não me permitia ficar com ele.
— Isso não lhe dá o direito de jogar sua frustração em cima de outra pessoa, uma garota inocente de dezesseis anos, que não sabia de nada sobre a vida - ela respondeu calma, porém seca e direta — O que me fez teve consequências péssimas.
— Espero que possa me perdoar, assim como perdoou meu irmão.
— Eu só perdoei seu irmão porque entendi meus erros em nossa relação. Éramos outras pessoas - a olhou devagar de baixo para cima — Você continua a mesma pelo que sei.
Anelise virou as costas e foi procurar a cozinha onde estavam os filhos. Os encontrou animados conversando com Denise e Ludimila.
— Olha, “mami” - Bianca mostrou a fatia de bolo no pratinho — Foi ela quem fez - apontou para Denise.
— Está bem gostoso - Alan disse cortando a fatia.
— Hum, que bom - ela sorriu — E já agradeceram?
— Já sim - Denise respondeu — São crianças muito educadas - sorriu.
Anelise também sorriu, contente por ter feito o certo na educação de seus filhos.
Luiza entrou na cozinha e parou ao ver as crianças, Levou a mão à boca, emocionada de ver Alan.
— Meu Deus... É como ver a cópia de Mathias nessa idade - tocou o peito — É impressionante - sorriu meneando a cabeça — Eu agradeço muito - olhou para Anelise.
— Alan - o filho olhou para ela — Esta é a mãe do Mathias. Lembra-se do que eu disse? - ele fez que sim.
— Oi. Você é minha avó - ele afirmou.
Luiza puxou o ar, emocionada com a afirmação e seu peito doeu pelo passado.
— Sou sim, querido - ela se aproximou dele, relutante — E esta fofinha aqui, quem é? - perguntou segurando a emoção.
— É a minha irmã, Bianca. Mas você não é avó dela, não.
Luiza riu e se abaixou entre eles.
— Mas eu posso ser sua avó de consideração, se quiser - ela olhou para Anelise.
— E o que é isso? - Bianca perguntou.
— Que eu posso ser sua avó, se você quiser - tocou o rostinho dela suavemente.
— Tá - ela sorriu mordendo o bolo — Eu quero.
Luiza deixou as lágrimas virem. Deu um beijo em Bianca e outro am Alan, o apertando nos braços. Anelise apresentou Ludimila e depois saíram em direção ao quarto de Mathias.
— Ele parece ser um menino muito bom - Luiza secou as lágrimas com a costa da mão.
— E ele é mesmo. Tenho muito orgulho dos meus filhos.
— Que bom, isso é muito bom mesmo.
— E como está Mathias?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....