Parte 2...
— Ele tá dodói? - ela arregalou os olhos.
— Está sim. Ele teve um acidente... Um carro bateu no carro dele e ele ficou muito machucado.
— E eu posso abraçar ele?
— Pode sim, minha bonequinha - a beijou — Mas com cuidado. E tenho certeza que vai ajudar ele a ficar bom.
— Então tá - Alan disse — Eu quero conhecer ele.
— Se você se sentir mal, não precisa fazer isso - o apertou de novo — Eu sempre vou respeitar o que você quer.
Ele assentiu. Anelise ainda continuou explicando mais coisas e respondendo as perguntas dos dois. Felipe entrou no quarto, participando da conversa e ajudando a responder as curiosidades que ambos tinham. Isso foi bom porque deu força para ela e evitou que ficassem muito emocionados, mas ainda assim, ela estava com os olhos cheios de lágrimas.
Felipe seguiu no mesmo caminho que ela, dando respostas simples para os dois e até brincando com eles, deixando mais leve e fácil deles entenderem a situação para não causar confusão na cabecinha deles que pareciam aceitar com tranquilidade a nova situação.
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Apesar das crianças terem recebido as novidades de forma suave e sem drama, Anelise estava um pouco preocupada com a mudança por causa de Mathias, muito mais do que pelos pequenos.
Ter a casa invadida por estranhos não era bom, mesmo que tenha sido ele a insistir nisso, mas por conta de sua recuperação, isso a deixava apreensiva.
A casa de Mathias era muito bonita. Em estilo casa de fazenda, era imponente e elegante com uma varanda grande. O jardim da frente era florido e com um banco de cimento na frente de um chafariz.
Mathias já estava em casa e começaria a fisioterapia no dia seguinte. Felipe abriu a porta para ela descer e as crianças correram para ver o chafariz.
— Ei, os dois - Felipe os chamou — Aqui não é uma praça. Nada de ficar correndo.
Uma senhora veio até eles e se apresentou com um sorriso lhes dando boas - vindas.
— Obrigada, Denise - ela respondeu com um sorriso — E Mathias já está acomodado?
— Está sim. É uma pena que isso tenha acontecido com ele, um homem tão jovem ainda - balançou a cabeça comentando.
— É mesmo... Mas ele vai superar isso.
— Com fé em Deus - Denise uniu as mãos em prece.
— Esses são meus filhos. Alan e Bianca.
— Oi! - Bianca parou ao lado delas.
— Olá, menina bonita - Denise se abaixou — Você vai ficar aqui com a gente? - ela assentiu — Você gosta de doces?
— Gosto sim, mas minha mãe não me deixa comer toda hora - olhou para a mãe.
— Se for no lanche ela pode - Anelise sorriu para Denise.
— Ah, olha só - Denise levantou — Já está na hora do lanche. Quem quer bolo de chocolate?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....