Parte 3...
— Anelise, eu só queria o melhor para a empresa - Hugo disse — Não era um golpe contra você.
— Ah, não era? - ela deu uma risadinha — E como você chama isso o que fez, pelas minhas costas? Talvez ache que eu vá acreditar que foi pelo meu bem? Por favor, respeite minha capacidade e minha inteligência, ainda que não me respeite como cunhada - apertou os dentes.
Houve um momento de constrangimento onde alguns deles falaram a seu favor e outros disseram que tiveram dúvidas por conta da vingança pessoal dela.
— E isso afetaria os senhores em que, realmente? - ela cruzou os braços — Que eu saiba vocês nem mesmo estavam cientes de minha viagem, até que meu cunhado começou os contatos para querer que virassem seus votos para ele.
Depois disso houve um pequeno desentendimento entre três deles que apoiavam a ela e um que estava ao lado de Hugo, achando que o certo seria que ela desse a chance a ele de fazer algo como queria, para renovar a empresa.
Ela rebateu todos os argumentos, inclusive culpando o cunhado por negociações que ficaram atrasadas por causa de sua atitude mesquinha. Recordou que desde que tinha assumido a empresa só havia crescido e não tiveram nenhum problema que viesse a causar um prejuízo. Depois ela pediu que eles refletissem se valia mesmo a pena aceitar a história de Hugo e dar os votos para ele ou se preferiam continuar na situação em que estavam, com ela no comando geral.
Após uns minutos de considerações, em que ela saiu da sala e os deixou para decidirem, ao retornar o próprio Hugo começou a falar, pedindo inclusive desculpas pelo modo como agira.
— Creio que deixei minha insatisfação tomar conta de meu pensamento e julgamento - ele assentiu com a cabeça — E você tem toda razão em tudo o que disse e mostrou aqui, mas eu gostaria de ter a chance de implementar algumas de minhas ideias.
Ela ficou esperando que mais alguém tivesse objeções a fazer, mas houve apenas um silêncio até constrangedor, pois ficou claro para todos que havia ali um ressentimento pessoal e até um pouco de inveja da parte de Hugo.
Mas ela entendia. Não era fácil esperar anos por algo e de repente ser colocado de lado. Ele sempre achou que quando o irmão saísse do cargo o deixaria no lugar e não foi o que aconteceu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....