Resumo de Capítulo Três - 5 – Capítulo essencial de Nosso Passado por Ninha Cardoso
O capítulo Capítulo Três - 5 é um dos momentos mais intensos da obra Nosso Passado, escrita por Ninha Cardoso. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Parte 5...
Três dias haviam se passado. Anelise aproveitou para se entrosar com os funcionários. Mentalmente ela gravou o jeito de cada um para saber como prosseguir.
Alguns eram mais falantes e esses eram os que interessavam realmente. Eram mais expansivos. Ela gostou de uma garçonete chamada Diana.
Era uma negra, alta, magra, muito bonita, com vinte anos de idade e um sorriso enorme. Diana morava em um cortiço com os pais e fazia supletivo para terminar o curso. Era animada e parecia ser uma pessoa positiva.
Ela a fez recordar seu próprio passado. De certa forma elas eram parecidas. Diana também tinha uma certa ingenuidade, apesar da idade e isso a fez simpatizar de cara com ela.
Aproveitou o horário do almoço para ficar por dentro de alguma notícia sobre a família. O restaurante era de Mathias, mas já sabia que a mãe dele aparecia muito no local.
Foi bom saber para poder se preparar. Também percebeu que Lorena não era muito simpatizante da mãe e nem da irmã dele. Estava de olhos e ouvidos abertos para acumular informações que poderiam vir a ser úteis.
À noite ela ligava para saber como estavam as coisas e para falar com as crianças antes delas irem dormir. Felipe e Ludmila estavam cuidando bem de tudo.
Também estava lendo os contratos para as aquisições e vendo como estava indo as negociações que ainda estavam em pauta, mesmo com ela fora. Mantinha contato com Hugo que lhe enviava as mensagens e contratos pelo celular.
Ficava acordada até tarde adiantando o que era possível, mas em breve ela precisaria comparecer à empresa.
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Já era quase meio-dia e o restaurante estava bem movimentado. Na área em que ela atendia, um cliente puxou conversa com ela por duas vezes, mas se fez de tonta e apenas o serviu.
Quando trouxe o prato principal, o homem começou a insistir de novo em puxar assunto e ela foi mais firme com ele. Ao se afastar da mesa viu que Mathias estava próximo e ao seu lado, a mãe.
Por um breve instante ela estremeceu para logo em seguida se recuperar, assumindo sua casca protetora diante da grande causadora de seu infortúnio no passado.
Entrou na cozinha e bebeu água gelada, respirando fundo. Voltou ao salão e viu que a mesa onde eles estavam ficava na sua área. Não era coincidência.
Com uma certa ironia e divertimento ela se aproximou da mesa e parou em frente com o bloco e a caneta na mão.
— Boa tarde - ela disse gentil, como se fosse tudo normal para eles — O que desejam?
Luiza abaixou o cardápio e abriu bem os olhos ao vê-la ali de pé. Sua cor ficou mais pálida.
— Boa tarde - ele a olhou por inteiro no uniforme do restaurante que acentuou suas curvas.
— Vão querer tomar algo? - questionou se fazendo de tranquila. Por dentro estava um pouco nervosa.
— Se você lembra, eu não bebo - Luiza deu um sorriso quase que desagradável para ela.
— Eu não gosto daquela mulher - Diana indicou com o queixo — Ela me deixa desconfortável sempre que aparece por aqui.
— Ela vem muito aqui? - puxou conversa.
— Assim, no mínimo uma vez por semana ela vem. Geralmente quando é dia de fechar o balanço geral do restaurante. Às vezes vem mais - deu de ombro.
Anelise observou de longe o comportamento deles. Mathias tinha a feição fechada e mantinha o olhar distante para a paisagem urbana lá fora. Já Luiza parecia agitada. Os olhos vidrados, os dedos batendo rápido no tampo da mesa.
Ela não estava bem, se via por sua linguagem corporal inquieta e era isso mesmo que Anelise queria. Deixar sua algoz preocupada e ansiosa.
Quando Luiza virou o olhar na sua direção, Anelise sorriu de modo frio, estreitando o olhar como um predador e gostou de ver como Luiza engoliu em seco e empalideceu.
Ela revelava que sua culpa ainda estava lá, em algum lugar.
Luiza não gostou do sorriso enigmático no rosto dela. Aquela não era a mesma Anelise que ela expulsara da vida de seu filho e da cidade. Parecia ser a mesma, mas ela sentia que não era. Tinha algo diferente que ela sentia em seu coração.
Começou a se preocupar de verdade. Tinha vindo ao restaurante com a intenção de vê-la, estava curiosa, mas agora percebia que aquela era outra garota.
A postura dela era diferente, apesar de parecer a mesma humilde de antes. Sentiu as mãos gelarem.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....