Parte 3...
Ela pegou um ônibus e desceu algumas quadras depois, pegou um táxi e foi até o local do salão. Já tinha marcado tudo. Horário, cabelo, maquiagem e toda a produção.
Primeiro ela fez o cabelo e a maquiagem, depois ela comprou lá mesmo um conjunto de terno e calça muito bonito, na cor cinza claro que a deixava elegante como gostava e estava acostumada a se vestir todos esses anos com Haroldo.
Completou o look com o perfume que havia levado na bolsa e alguns acessórios caros que gostava, como suas pulseiras de ouro e pedras preciosas. As duas mulheres que a atenderam ficaram surpresas com a diferença do antes e depois. Pegou um táxi na frente do salão mesmo e seguiu para o encontro com os diretores.
— Creio que podemos fechar, então? - um dos diretores lhe perguntou.
— Em dois dias lhe daremos a resposta - ela sorriu — Três, no máximo - foi firme — Para mim foi muito bom. Vamos analisar os documentos - fez um gesto com a cabeça.
Eles foram em direção ao heliponto. Se despediram e enquanto o helicóptero decolava ela sentia que uma vitória se aproximava.
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Quando ela desceu do jatinho na área reservada, viu que Felipe a esperava junto com Ludimila e as crianças. Ao passar pelas portas de vidro os dois vieram correndo até ela e a abraçaram.
— Que saudade dos meus amores - apertou os dois juntos.
— A gente também, mãe - Alan respondeu.
— Vai ficar com a gente, mami? - Bianca apertou o rosto da mãe — Não gosto de ficar longe de você - fez um biquinho fofo.
— Mamãe ainda não terminou tudo mas em breve, está bem? - ela fez que sim — Prometo que quando acabar, vamos tirar férias, só a gente - olhou para Felipe — E vocês dois também, claro.
Ele riu e a abraçou forte. Ludimila brincou que quase não lembrava mais dela.
— É bom me levar mesmo nessas férias. Estou ficando velha e daqui a pouco esqueço até o seu nome.
— Jesus, que exagero - ela riu.
— Não trouxe mala - Ludimila perguntou.
— Não, só vou ficar o fim de semana e tenho o que preciso aqui - pegou a mão de Bianca.
— Como foi na visita? - Felipe perguntou enquanto iam andando até o carro — Você parece muito bem.
— Estou ótima - gesticulou — Está tudo indo bem.
— Ainda bem, não consigo parar de me preocupar.
— Eu sei - segurou o braço dele — Mas acho que resolvo isso em poucos dias.
Entraram no carro e as crianças ficaram agarradas a ela até chegarem em casa.
— Ai que saudade da minha casa - ela largou a bolsa e as pastas em cima do aparador do hall de entrada e Ludimila entrou depois, recolhendo tudo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....