Nosso Passado romance Capítulo 51

Resumo de Capítulo Sete - 7: Nosso Passado

Resumo de Capítulo Sete - 7 – Uma virada em Nosso Passado de Ninha Cardoso

Capítulo Sete - 7 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Nosso Passado, escrito por Ninha Cardoso. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Parte 7...

O coração dela bateu mais forte e ficou enrolando para terminar o milk-shake.

— Essa semana perdemos uma conta importante que nos levaria a um excelente acordo comercial e levantaria mais a Mazzaro.

— Mesmo? - ela ficou brincando com o canudo.

— Você não deve ter ouvido falar - ele jogou o toco do cigarro na grama e pisou — É uma empresa rival. Se chama Ferroso & Cia. É uma grande companhia no ramo das carnes. Eles tomaram um acordo que já era quase nosso - falou meio de lado, aborrecido.

Anelise quase engasgou com o shake. Ela levantou e jogou o copo fora, na lixeira ao lado da árvore. Voltou para perto dele.

— Isso é estranho porque o dono majoritário da empresa faleceu há um tempo e o irmão dele cuida de outra parte da empresa. Na verdade essa empresa é uma grande rede com filiais espalhadas e agora parece que a viúva resolveu expandir - fez uma cara feia.

— Que coisa - ela virou o rosto — E você já falou com eles?

— Só com o irmão que ficou com a vice-presidência. A viúva é conhecida por poucos, mas soube que ela é bem direta nos negócios e consegue ter sucesso em praticamente todos os acordos que faz. É conhecida por ser forte. Alguns dizem até que ela é melhor do que o falecido marido.

— É mesmo? - ela gostou de ouvir isso — Interessante. É difícil uma mulher se destacar nesse meio machista.

— É verdade. Mas ao que parece ela é muito eficiente no que faz.

Ele a olhou. Ele também era, mas quando ela foi embora, ele perdeu o interesse na empresa e acabou fazendo alguns acordos que não sairam muito bem. E agora que ela estava de volta, ele de novo perdia o interesse e se concentrava nela. Era como um vício.

— Porque não voltou antes, porque agora? - perguntou de repente.

— Por vários motivos - ela sentou de novo e cruzou as pernas — O principal era não ser presa por algo que não fiz.

— Sabe que no fundo eu não iria deixar isso acontecer - ele abaixou a cabeça.

— Será mesmo, Mathias? - ela ergueu a sobrancelha.

— Sua avó sabia dos motivos para você ter ido embora?

E como sabia. Sua avó sofrera tanto quanto ela com medo de algo ruim realmente acontecer e elas não terem defesa. E na verdade, a ideia de fugir da cidade tinha sido de Lourdes.

Ela sorriu balançando a cabeça e não respondeu. Andou até o outro lado e viu o anfiteatro.

— Eu gostava muito quando você me trazia aqui para ver as peças apresentadas no teatro.

— Era divertido - parou ao lado dela — Tem visto muitas peças de teatro?

E como. Ela foi a várias com o marido, principalmente na Itália e Suíça. Desenvolveu o gosto pela ópera e teatro com ele. Depois que Haroldo morrera ela ainda não tinha ido, mas mudaria isso e levaria as crianças para ver alguma peça com ela.

— Nos últimos tempos, não - suspirou — Mas gosto muito.

Mathias a encarou. Ela parecia nostálgica. Talvez estivesse pensando no começo do namoro deles, quando vinham ao anfiteatro do parque para assistirem as peças.

— Lembra que a gente vinha até aqui e acabava saído antes de terminar?

Ela lembrava sim. Várias vezes eles iam embora para passar algumas horas em algum motel ou uma pousada. Eles faziam amor como se o mundo fosse acabar e não podiam se separar. Eram loucos um pelo outro.

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