Parte 6...
— Está pronta para começar a aprender?
— Agora mesmo - ela disse excitada — Estou bem alerta, zero de sono - bateu as mãos e esfregou uma na outra.
— Ótimo - ela sorriu — É assim que eu gosto. Senta aqui ao meu lado.
Diana pegou um banquinho e colocou ao lado dela, prestando atenção na tela do notebook. Foram até alta madrugada, quando as duas já cansadas e bocejando, decidiram parar. Anelise arrumou o colchão inflável ao lado da cama dela, no quarto da avó e marcaram a hora no despertador para o dia seguinte.
Quando Anelise entrou no carro de Mathias, ele comentou sobre a demora dela em sair.
— Não comece, Mathias. Não posso sair antes da hora. Eu nem comi direito hoje.
— Quer ir para casa trocar de roupa?
Ela não podia ir. Diana estava em sua casa com contato direto com Felipe, fazendo os arquivos e faturas que precisaria fazer para o fim de semana. Com ela adiantando e Felipe coordenando, adiantaria bem esse lado.
— Não, tudo bem. Se vamos ao parque estou bem de jeans.
— Podemos comer lá. Agora tem um bom restaurante no alto do morro. Não é como antes que só tinha um trailer pequeno.
Ela ficou observando as mudanças na paisagem. Ainda não tinha ido para esse lado da cidade.
— As ruas mudaram um pouco - ele disse.
Ela assentiu, pensativa. Era engaçado como o ser humano se adaptava para sobreviver. Ela gostava da vida que tinha ali antes, mas agora sua vida era em outra cidade, outra região.
Até o sotaque dali não era mais o que ela se acostumara. Seus ouvidos agora sentiam mais o sotaque arrastado do nordeste, de Aracaju. As pessoas lá falavam diferente, quase cantando. E ela aprendera a gostar desse sotaque e seus filhos puxavam dele.
— Como é onde você mora? - ele quis saber.
Ela pensou em sua casa, mas falou sobre a cidade em si.
— Eu gosto muito de lá. O clima é bom, é quente, às vezes até demais - riu — Mas a cidade é plana quase que por completo, venta muito e tem lugares muito bonitos. É pequena e acolhedora.
— Sente falta de lá?
— Sim, mas em breve estarei de volta, dá para aguentar a saudade mais um pouco.
Ele virou o rosto fazendo uma careta. Não gostou de ouvir aquilo. Sabia que esse dia seria péssimo.
— E... Como é esse... Felipe? - questionou curioso.
— Ele é uma pessoa maravilhosa - respondeu sincera.
— E... Você gosta dele?
— É claro que sim - olhou para ele — Felipe é muito importante na minha vida.
— O que ele faz?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....