Parte 1...
Anelise mentiu para Lorena dizendo que precisava sair para acertar a documentação da casa da avó e ela a liberou, mas teria que compensar no horário depois. Não ligou para isso, pois em breve ela não estaria mais ali mesmo. Avisou a Diana que ficasse ligada enquanto estivesse fora e saiu.
Chegou à casa de Lúcia dez minutos antes do combinado. Era uma casa bem grande, mas perdia de longe para a mansão de Luiza, sua irmã. Uma empregada sorridente a levou até o jardim do fundo onde Lúcia a esperava.
Quando ela namorava com Mathias, chegou a vê-la por duas vezes, mas de longe. Nunca se falaram. Mathias lhe disse que a mãe e a tia não eram unidas e pouco se falavam. Se viam geralmente em reuniões da empresa.
Anelise desceu os degraus e foi até ela. Lúcia a viu chegar e gesticulou para que se aproximasse e indicou a cadeira em frente.
— Obrigada por me receber, senhora - fez um gesto com a cabeça e puxou a cadeira.
— Vamos comer enquanto conversamos? - fez um sinal para a empregada — Quero saber porque deseja comprar minhas ações na empresa Mazzaro.
Anelise não tinha tempo para enrolar e nem queria isso. O tempo corria contra ela e precisava ser mais rápida. Deu uma breve explicação. Falava com calma e precisão de um mulher de negócios.
Ela correu para casa quando saiu do restaurante e foi se arrumar de acordo com o esperado. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo grande e usou pouca maquiagem.
A roupa era um terninho azul royal como estava na moda e de uma marca cara e reconhecida. Sua postura era elegante e de uma mulher de negócios moderna e empoderada.
— Eu não vou enrolar, senhora Correa - pegou um guardanapo pequeno e limpou a boca — Eu tenho interesse e pegar as contas de distribuição dos alimentos que hoje estão em poder da Mazzaro & Cia. Para isso preciso ter as ações ou procurações que me permitam movimentar essas pastas, de modo a beneficiar a minha empresa. É como uma expansão.
— Forçada - Lúcia comentou rindo de leve.
— De certa forma, sim - ela concordou.
— E você então tem uma empresa? - ela franziu a testa, impressionada — Isso é uma coisa muito boa. Gosto de ver mulheres no poder. São poucas.
— Infelizmente é verdade - suspirou — Gostaria de lhe pedir a gentileza de não comentar nossa conversa com os outros sócios.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....