Nosso Passado romance Capítulo 60

Parte 1...

Anelise mentiu para Lorena dizendo que precisava sair para acertar a documentação da casa da avó e ela a liberou, mas teria que compensar no horário depois. Não ligou para isso, pois em breve ela não estaria mais ali mesmo. Avisou a Diana que ficasse ligada enquanto estivesse fora e saiu.

Chegou à casa de Lúcia dez minutos antes do combinado. Era uma casa bem grande, mas perdia de longe para a mansão de Luiza, sua irmã. Uma empregada sorridente a levou até o jardim do fundo onde Lúcia a esperava.

Quando ela namorava com Mathias, chegou a vê-la por duas vezes, mas de longe. Nunca se falaram. Mathias lhe disse que a mãe e a tia não eram unidas e pouco se falavam. Se viam geralmente em reuniões da empresa.

Anelise desceu os degraus e foi até ela. Lúcia a viu chegar e gesticulou para que se aproximasse e indicou a cadeira em frente.

— Obrigada por me receber, senhora - fez um gesto com a cabeça e puxou a cadeira.

— Vamos comer enquanto conversamos? - fez um sinal para a empregada — Quero saber porque deseja comprar minhas ações na empresa Mazzaro.

Anelise não tinha tempo para enrolar e nem queria isso. O tempo corria contra ela e precisava ser mais rápida. Deu uma breve explicação. Falava com calma e precisão de um mulher de negócios.

Ela correu para casa quando saiu do restaurante e foi se arrumar de acordo com o esperado. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo grande e usou pouca maquiagem.

A roupa era um terninho azul royal como estava na moda e de uma marca cara e reconhecida. Sua postura era elegante e de uma mulher de negócios moderna e empoderada.

— Eu não vou enrolar, senhora Correa - pegou um guardanapo pequeno e limpou a boca — Eu tenho interesse e pegar as contas de distribuição dos alimentos que hoje estão em poder da Mazzaro & Cia. Para isso preciso ter as ações ou procurações que me permitam movimentar essas pastas, de modo a beneficiar a minha empresa. É como uma expansão.

— Forçada - Lúcia comentou rindo de leve.

— De certa forma, sim - ela concordou.

— E você então tem uma empresa? - ela franziu a testa, impressionada — Isso é uma coisa muito boa. Gosto de ver mulheres no poder. São poucas.

— Infelizmente é verdade - suspirou — Gostaria de lhe pedir a gentileza de não comentar nossa conversa com os outros sócios.

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