Parte 4...
Anelise estava em sua sala na empresa, quando o cunhado bateu de leve na porta e entrou.
— Começou cedo - ele disse colocando dois documentos em sua frente — Preciso de sua assinatura aqui...
— Deixe aí que eu vou ler em seguida.
— É que eu preciso das assinaturas agora.
— Deixe... - ergueu o olhar para ele — Eu leio depois.
Hugo se espantou com a frieza dela.
— O que houve?
— Comigo? Nada - voltou a atenção para o notebook.
— Você parece aborrecida.
— Não estou. Só cansada de confiar nas pessoas - levantou a cabeça e o mirou direto — E elas me traírem.
Hugo paralisou um instante. O olhar frio dela era tanto quanto sua voz.
— Ok... Me chame quando terminar.
— Você está se ocupando muito com isso, não é Hugo?
Ele parou e se virou.
— Isso? - franziu os olhos sem perceber.
— É- ela se recostou na cadeira — Os projetos nacionais. Sendo que a sua pasta é dos contratos internacionais - ela disfarçou sua vontade de dizer que já sabia do plano dele de desacreditá-la.
— Só estou tentando ajudar você... Com o seu plano de vingança você ficou um...
— De expansão - ela o corrigiu.
— Que seja... Algumas coisas ficaram em segundo plano na sua área. Só estou tentando ajudar a...
— Claro - ela meneou a cabeça sorrindo — Eu entendo bem - suspirou forte — Pode ir agora - voltou a atenção para a tela.
Hugo saiu carregando consigo uma sensação estranha.
Ela passou o resto do dia em telefonemas, e-mails e contatos diretos. Felipe trouxe Diana até até a empresa com ele e lhe mostrou algumas coisas, depois a levou até Anelise.
— Aqui estamos. Diana vai ficar com você o resto do tempo. Já a coloquei por dentro de alguns assuntos.
— Pode deixar, eu passo o que for necessário. Obrigada!
— Venho buscar vocês em uma hora.
Quando Felipe saiu, Diana sentou ao lado dela para observar e aprender sobre o serviço. Enquanto isso ela foi conversando sobre levar os filhos para a casa da avó, junto com elas.
— Acho que Felipe tem razão, mas se prepare porque aquela família com raiva é difícil de segurar.
— Ah, isso eu imagino - torceu a boca — Vou levá-los, mas vou evitar que Mathias descubra sobre o filho - ela mexeu a cabeça de um lado pra outro — Pelo menos no início.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....