Nosso Passado romance Capítulo 72

Parte 3...

— Ótimo - sentou na cadeira de frente para ela — Sabe que eu tenho razão quando cismo com alguém, não é? - ela assentiu erguendo a sobrancelha — Pois bem. Hugo está querendo lhe passar a perna aqui na empresa - ele olhou estranho e fechou o notebook — Basicamente, o que você está fazendo com Mathias, ele quer fazer com você.

Anelise não se espantou tanto, visto que já tinha reparado que o cunhado andava mais afastado dela. Sabia que ele gostava dela, mas com certeza gostava mais da cadeira da presidência.

— Eu já tinha ciência de que ele guardava mágoa por eu ter assumido a cadeira de presidente da empresa ao invés dele, mas realmente cheguei a pensar que ele tinha aceitado a vontade do irmão - disse em tom triste.

— Não estou só o acusando - se inclinou sobre a mesa — Eu o segui e investiguei o que estava armando por trás. Ele vem falando mal de você para os sócios, como se não tivesse mais interesse em cuidar da forma certa as negociações - torceu a boca de um lado para outro — Anda falando de sua vingança pessoal e que é só por isso que está querendo a conta da Free Carnes e da Mazzaro.

Anelise fechou a mão e suspirou chateada.

— Que absurdo! - retirou os óculos de leitura.

— Ele fez contato com outros acionistas da Mazzaro e está planejando usar os depoimentos deles de que está querendo comprar as ações, apenas por vingança pessoal contra Mathias. Vem dando até festinhas particulares com alguns diretores que estão ao lado dele.

— E quantos são? - apertou os olhos.

— Até agora de certeza, ele tem o apoio de quatro dos nossos e dois da Mazzaro que se prontificaram a falar sobre a venda das ações - mexeu de lado a cabeça — Os outros ainda estão ao seu lado, mas ele ainda insiste.

— Ele sabe que eu comprei as ações da Lúcia?

— Creio que ainda não, porém em breve saberá.

Ela levantou e foi até a janela grande de vidro. Lá fora o brilho da lua refletia na água do mar à sua frente. Suspirou.

— Pensei que estaria livre de traições...

— Acho que poucos são os que não sofrem uma traição quando os interesses entram em conflito.

Ela assentiu com a cabeça, observando lá fora.

— Faça uma reunião com os que estão ao nosso lado - virou-se para ele — Minha vingança pessoal contra aquela família passou, mas eu quero sim as empresas deles para a expansão. Isso também vai me satisfazer.

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