Resumo de Capítulo Doze - 4 – Uma virada em Nosso Passado de Ninha Cardoso
Capítulo Doze - 4 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Nosso Passado, escrito por Ninha Cardoso. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Parte 4...
— Eu consegui viver um tempo sem me importar e pensar em você - Luiza disse com voz baixa suspirando — No começo fiquei preocupada com o que estaria acontecendo com a criança - engoliu com dificuldade — Vi meu filho se afastar, virar um bêbado... Sofrer por você... E eu esperava que isso passasse - apertou as mãos — E não passou... Só ficou escondido. Quando o detetive não a encontrou em lugar nenhum... Cheguei a pensar que tivesse morrido - abaixou o olhar — E teria sido bom... Foi o que pensei na época - a olhou de modo cansado — Mas eu me arrependi. Eu sofri junto com Mathias. Ele começou a fumar, se enfiou na farra, saía com várias e não dava crédito às minhas opiniões. Nunca consegui convencê-lo a se casar, ele se fechou para isso.
— Tudo isso é culpa sua - Anelise respondeu calma — Você estragou seu filho.
— Eu sei - ela fechou os olhos suspirando lento — Mas eu o fiz porque era certo.
Anelise deu um risinho crítico.
— Repetir isso não vai melhorar sua vida.
— Mathias não merece pagar pelo meu erro. Ele está sofrendo - reclinou a cabeça na cama.
— Ele aguenta - Anelise fez piada — Ele é forte, como a mãe. Não se preocupe.
— Já fui... Hoje você é quem tem a força. Você mudou muito.
— Graças à Deus - ela deu um passo à frente — E à você - disse com um brilho no olhar — Tive muito ódio de você - olhou para Márcia ao lado — De todos vocês... Mas foi bom, me fortaleceu - respirou fundo — Eu perdi a vida que tinha por sua causa. A vida que eu conhecia e amava... Minha casa, as pessoas que gostavam de mim e a que mais me amava... Se não fosse por um grande golpe de sorte, talvez eu nem estaria viva - disse entre dentes cerrados — Eu não tinha capacidade emocional. Meu marido foi um anjo em minha vida. Me deu forças.
Luiza ficou tensa. Queria se livrar dela na época, mas não pensou que a deixaria tão abandonada. Calculou mal.
— Ele assumiu o menino?
— Em tudo - ela respondeu com orgulho — Ele adotou meu filho horas depois que ele nasceu, o amou e o criou como dele. Não teve um segundo de dúvida. Lhe deu tudo o que um pai de verdade pode dar. Alan ama Haroldo como seu pai, é sua referência.
Graças a todo o cuidado legal, mesmo que houvesse uma briga na justiça, Alan não deixaria de ser filho de Haroldo. Isso a deixava muito tranquila.
— Infelizmente... Foi você quem provocou isso.
— Ah, meu Deus - cobriu o rosto com as mãos — Pensei que você iria embora e seguiria sua vida normal - deixou cair as mãos no colo — Eu calculei mal. Mathias a ama - Anelise riu — Ama... Hoje eu sei. Não pensei que ele a amava, achei que fosse capricho, mas o rumo que ele tomou mostra isso. Ele não se recuperou de verdade de sua ausência. Ele mudou, ficou seco, perdido - suspirou.
— Isso não é amor - a corrigiu — É só obsessão e posse. Ele me dominava e eu fugi, ele não soube perder o objeto.
— Nesse ponto eu tenho que dar razão à minha mãe - Márcia entrou na defesa — O modo como ele a olha, o que fez... Nunca deu chance a outra... Não, nesse ponto eu também penso que ele a ama mesmo.
Anelise não creía naquilo. Se fosse verdade o que elas diziam, ele não a deixaria passar pelo que passou. Até gostaria de acreditar, mas essa época havia passado já.
— Que seja - ela torceu a boca — Eu não o quero. Não tenho mais os sonhos de adolescente infantil. Mathias é egoísta demais para pensar em mim. Ele ouviu o que vocês criaram porque quis, foi conveniente. Se fosse amor não teria acreditado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....