Nosso Passado romance Capítulo 9

Resumo de Capítulo Dois - 1: Nosso Passado

Resumo de Capítulo Dois - 1 – Capítulo essencial de Nosso Passado por Ninha Cardoso

O capítulo Capítulo Dois - 1 é um dos momentos mais intensos da obra Nosso Passado, escrita por Ninha Cardoso. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Parte 1...

Mathias estava focado no documento aberto em sua tela do notebook. Há dois dias estava ocupado com a burocracia da empresa, o que era uma chatice e que o mantinha ocupado até demais para o gosto dele, que preferia ficar no campo.

Sua secretária bateu na porta e abriu um pouco.

— Entre, Priscila.

Ela entrou trazendo uma bandeja pequena com café e colocou a xícara na mesa ao lado do notebook.

— Tem duas chamadas de sua prima, Camila - informou.

— Na certa quer me pedir outro empréstimo - tirou os óculos.

— Ela disse que tem algo importante para lhe falar. Pediu que ligasse para ela assim que possível.

Camila era sua prima em segundo grau e tinha uma língua maior do que o corpo. Adorava três coisas. Dinheiro, fofoca e homem. Não se dava bem com nenhum deles.

Ele mesmo já a ajudara com um empréstimo que ela levou quase três anos para pagar de volta. Mas não era de ligar para ele no trabalho. Ficou curioso.

— Obrigado, Priscila. Vou ligar para ela.

— Ok. Volto daqui a pouco para pegar a xícara e trazer a pasta que pediu - fechou a porta.

Ele pegou o telefone da mesa e ligou para a prima esperando que fosse algo rápido. Não tinha muita paciência. Só não esperava ouvir o que ela tinha a lhe dizer.

— Tem certeza de que era mesmo ela? - seu coração levou um baque.

— Mas é claro. Se eu falei com ela, Mathias.

O coração dele deu uma batida fora do compasso.

— Não soube que a avó dela morreu?

E como ele saberia? Ele ainda tinha procurado pela avó dela um tempo depois, mantendo a esperança de que lhe dissesse onde estava a neta, mas acabou desistindo quando ela lhe disse que havia perdido contato com Anelise. Nunca mais a procurou.

— Ela deve ter ficado com a casa - Camila disse.

— E... Como está ela?

— A mesma coisa - ela disse rápido — O cabelo está mais longo, o corpo mais esguio, mas me parece a mesma garota que roubou vocês no passado - soltou de modo crítico.

— Ela não roubou nada - a corrigiu — Você sabe muito bem que retiramos a acusação - não gostou dela ter dito isso.

— Foi um modo de falar - respondeu sem jeito.

— Então mude o modo - disse frio.

***************

Já se passara quarenta e oito horas desde que tocara o chão da cidade e até o momento nenhum dos Mazzaros dera o ar da graça na casa da avó.

Talvez Camila não tivesse feito sua habitual fofoca ou eles não estivessem mais interessados nela. Iria aguardar mais um dia e se faria ser vista novamente. Não ia esperar demais.

Ela não podia chamar ninguém para fazer uma faxina na casa porque não poderia mostrar que tinha condições de pagar uma equipe de limpeza e nem que estava ali por outras intenções.

Foi bom ficar sozinha porque teve tempo de chorar a saudade e a morte de sua avó amada. Enquanto ela fazia a separação das coisas e a faxina, ia ia relembrando dos momentos ao lado dela enquanto crescia.

Tinha perdido os pais aos cinco anos em um acidente, quando o ônibus em que viajavam do Rio para São Paulo bateu de frente com uma carreta em uma curva. Foi uma fatalidade que mudou sua vida, mas não podia mudar isso.

Lourdes ficou responsável por ela e mesmo não tendo condições financeiras muito boas, a criou como podia. Não tinham luxos, porém elas não passavam necessidades.

As plantinhas estavam secas e algumas mortas. Muitos dos livros ela iria doar e também as roupas da avó. Faria uma separação de coisas que pudessem ser doadas para abrigos e o que não tivesse mais função, jogaria fora.

Encontrou uma caixa cheia de peças de tricô e crochê, as duas coisas que a avó adorava fazer e que a ensinara ainda pequena. Muitas vezes isso era uma renda adicional para elas. As duas juntas conseguiam fazer as encomendas mais rápido.

A casa não era grande e depois da reforma geral que Haroldo mandou fazer, ficou ótima. A avó não queria que gastasse com ela, mas ele insistiu e pagou uma empresa de reformas para o serviço completo.

Agora a casa valia muito mais do que quando a avó a comprou, financiada pelo banco.

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