Parte 5...
— Meu Deus... - ela saiu rápido para pegar o telefone.
— O que foi, Márcia? - Luiza se assustou e levantou — O que foi, menina?
— Ai, dona Luiza... - ela fez uma careta — É uma chamada do hospital - apertou os lábios triste em dar essa notícia.
— Oh, meu Senhor - ela andou rápido até Márcia.
Ao entrar viu o rosto pálido da fiha ao telefone. Ela só respondia em monossílabos. Luiza ficou nervosa e sentiu as mãos formigarem. Com certeza era algo com Mathias. Algo muito ruim. Ela sabia que sim. A expressão da filha não negava.
— O que houve, Márcia? - sua voz estava fraca e ela quase chorava — Meu filho morreu? - respirou fundo sentindo que iria desmaiar.
A empregada a segurou pelo braço.
— Certo... Entendo... Obrigada - ela desligou e se virou para a mãe — Calma... - ergueu a mão — Ele está vivo, mas seu estado é muito grave.
— Ai... Meu coração... - ela ficou zonza.
— Calma, mãe... Calma! - gritou — Dois morrendo não é possível. Pelo amor de Deus... - estava nervosa também.
A empregada arregalou os olhos e saiu correndo. Voltou com um copo com água e açúcar para Luiza. Márcia abanava a mãe sentada em uma cadeira, com uma revista que estava em cima da mesa.
— Meu Deus... Isso é castigo... - começou a chorar — Eu sei que é... Meu filho vai morrer... - se desesperou.
— Ninguém vai morrer - ela disse firme, mesmo sem acreditar nisso também — Precisamos ir até o hospital. Tem que ser forte agora.
Luiza se perguntou como ela seria forte se seu filho poderia morrer por causa dela? Anos de mentira e ela jogou tudo em cima dele sem ter cuidado, mesmo sabendo como ele era impulsivo. Ela deveria ter feito isso de outra forma, mas não sabia como.
— Se o seu irmão morrer... - respirou fundo e soprou devagar — Eu vou morrer também. É minha culpa.
— Para com isso, mãe - ela falou alto — Ele não vai morrer, ninguém vai morrer. Vamos nos trocar e ir ao hospital logo.
E mais uma vez elas estavam de volta ao hospital. Enquanto ouvia o que a enfermeira relatava, Luiza ia pedindo a Deus que salvasse seu filho. Que intercedesse nesse momento e desse a salvação a ele.
Márcia estava preenchendo os formulários com as informações pessoais do irmão que estava ainda na sala de cirurgia, sendo operado por uma equipe e dois médicos.
— Não tenho muito mais a lhe dizer agora, senhora - a enfermeira disse a Luiza — Essas são as informações iniciais que tenho e seu filho está sendo operado por excelentes profissionais. Ele estava sem o cinto de segurança e bateu a cabeça com força. Teve alguns ossos quebrados, mas não há como lhe passar toda a informação dele no momento - tocou sua mão — Terão que aguardar que os médicos venham lhe falar.
— Médicos?
— Sim. Temos dois médicos com ele agora e a equipe, devido a gravidade de seus ferimentos.
Luiza assentiu com a cabeça. Seu filho estava em uma situação grave. Que coisa horrível para uma mãe ouvir.
— Tem alguma igreja aqui por perto?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....