Parte 5...
Diana estava insegura, mas fez tudo como Anelise lhe ensinou. Ficou horas diante do computador enviando e-mails, memorandos e cópias de documentos como ela queria. Chegou até a sentir falta de servir as mesas no restaurante, era bem mais fácil do que mexer com documentos.
Anelise quase não parava. Ligou para vários dos sócios, secretárias e até para os diretores da Mazzaro´s que estavam de acordo com ela na incorporação da empresa. Mostrando que sentiam sua habilidade nos negócios só aumentaria sua credibilidade contra as fofocas criadas pelo cunhado.
Não deixaria que ele estragasse o que seu marido criara. Há anos elas não temia uma boa briga.
— Nossa, que cansativo - Diana disse — Dois dias aqui e quase não parei. Nunca pensei que fosse usar tanto um computador.
— Verdade - Anelise sorriu rodando devagar a colher no café — Apesar de ser muito trabalhoso, não é sempre assim e minha secretária na empresa vai fazer outras coisas para adiantar. É puxado realmente, mas é que estamos em uma expansão complicada.
— E ainda teve o acidente de Mathias - apertou os lábios.
— Pois é - ela suspirou — Muita coisa de uma só vez.
— Ainda bem que você aguenta.
Ela sorriu e balançou a cabeça. Hoje ela suportava, mas o quanto ela tinha sofrido no passado. Recordou sua primeira vez com Mathias e como ela tinha ficado nervosa.
Ele ainda morava com a mãe naquela época. Tinham ido tomar um sorvete e ao invés de voltarem para casa, ele parou o carro em uma praça e ficaram namorando.
Os beijos começaram a ficar mais demorados e as carícias mais ousadas. Ela já estava apaixonada por ele. Tinha sido quase amor à primeira vista. Tudo o que ela queria era ficar com ele e temeu pará-lo e ele desistir do relacionamento.
Mathias achava que ela era mais velha e portanto experiente. Não quis dizer a verdade.
Tudo o que acontecia ali era algo que ela queria provar desde que começaram a sair. Até já tinha imaginado suas mãos, seu toque em seu corpo.
— Vamos para um lugar mais íntimo?
— Onde? - ela prendeu a respiração.
— Vamos a um motel - mordeu seu lábio inferior.
Ela poderia ter dito que não, porém nem pensou nisso. Ela queria muito ficar com ele. Isso a cegou para o que estava à sua volta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....