Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 1877

“Agora só sinto repulsa por você. Quanto mais você insiste em me perseguir dessa forma, mais desprezo eu sinto. Você entende?”

“É melhor que cada um siga seu caminho.”

Elias conteve a raiva, tentando manter a calma ao falar, mas apertou ainda mais o braço dela com a mão.

“Impossível!” Cecília respondeu entre dentes cerrados, suportando a dor no rosto e no corpo, afirmando de maneira categórica.

Já tinha apanhado!

O divórcio, então, estava fora de questão!

“Ou então, Elias, por que você não me mata de uma vez?”

“Se eu morrer, você estará livre. Assim, poderá se envolver com quem quiser, sem problemas.”

Cecília encarou Elias; ambos tinham os olhos roxos e inchados, restando apenas uma pequena fresta para enxergar.

Enfim, o rosto outrora bonito dela agora parecia tão desfigurado quanto o de um Idiota.

Elias não conseguia sequer encará-la; só de olhar, sentia vontade de vomitar.

“Cecília, percebi que você realmente não tem vergonha!” Elias zombou sem qualquer piedade.

“Sim, eu realmente não tenho vergonha.”

“Custei para me aproximar da família Faria, para me apoiar em você, senhor Elias. Claro que não vou desistir facilmente.”

“Já te enganei várias vezes, dizendo que o filho era seu quando não era, dizendo que estava grávida mesmo sem estar, e quando finalmente fiquei grávida, pensei até em conseguir seu sêmen para uma inseminação artificial. Tudo isso só para me manter ligada a você, à família Faria.”

“Não sou burra. Demorou para eu conseguir subir na vida através da família Faria, me apoiar em você, senhor Elias. Você acha que, só porque quer, vou aceitar o divórcio?”

“Então, Elias, pare de sonhar. Não vou me divorciar de você.”

“A não ser que você me mate!”

“Claro, se você realmente quiser o divórcio, não é impossível. Existe outra opção.”

Ao dizer isso, Cecília exibiu um sorriso orgulhoso e insano.

Ao ouvir isso, Elias foi tomado por uma fúria ainda mais intensa, levantou a mão novamente e deu outro tapa no rosto dela.

“Ah!”

Cecília soltou um grito agudo e estridente.

Nesse momento, Cláudia chegou à porta do quarto do hospital e ouviu o grito da filha, sentindo imediatamente o coração apertar e uma sensação ruim tomar conta.

Ela tentou abrir a porta do quarto, mas percebeu que estava trancada. Começou a bater forte na porta: “Cecília, Cecília, o que está acontecendo?”

“Aconteceu alguma coisa?”

Quando estava chegando, Cláudia tinha visto um Maybach azul na entrada do hospital. Aquele carro lhe pareceu familiar, e agora lembrava que era o veículo de Elias.

Pelo visto, ele tinha vindo até ali.

Isso a deixou ainda mais nervosa.