Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 1950

“Também não.” respondeu Paola.

Na verdade, ela não sabia se havia ou não o gene para quadrigêmeos em sua família, pois não conhecia nada sobre seus pais biológicos.

Desde que Ricardo faleceu, Esteven Oliveira não a procurou novamente.

Ela não sabia o motivo, mas quando Esteven Oliveira a procurava, sentia resistência, repulsa e aversão. Agora que ele não a procurava mais, ela frequentemente se lembrava dele, afinal, ele era seu pai biológico.

Esteven Oliveira também sabia que ela era sua filha de sangue, será que havia desistido dela tão facilmente?

“Esse senhor bondoso é seu pai, não é, Talita?” Cecília perguntou de propósito.

“Sim.” Paola voltou a si e respondeu com sinceridade.

“Talita, seu pai realmente parece ser um ótimo pai, eu te invejo.” continuou Cecília, fazendo questão de demonstrar um rosto cheio de inveja, mesmo que por dentro estivesse tomada pela raiva.

“É.” respondeu Paola.

“Meu pai realmente foi o melhor pai do mundo.”

“Se não fosse pelo meu pai, neste mundo não existiria Paola, nem existiriam os quadrigêmeos.”

Paola continuou, e ao dizer isso, sua voz ficou até um pouco embargada.

Ela realmente sentia falta do pai.

Do lado dela, só havia o pai como parente, e não esperava perdê-lo tão de repente.

“Que sorte a sua.” Cecília falou com o rosto cheio de inveja.

“Pelo menos ainda existe alguém neste mundo que te ama de verdade.”

“Diferente de mim, que fui abandonada pelos meus pais ao nascer, e a dona Otávia só sabia me bater ou me xingar.” Ao falar isso, os olhos de Cecília ficaram vermelhos.

“Buá, buá...” Cecília fingiu chorar ainda mais alto, mas seus olhos estavam fixos na foto em suas mãos, e um leve sorriso malicioso apareceu em seu rosto.

No instante seguinte, ela soltou os dedos.

“Crack!”

O porta-retratos caiu no chão, emitindo um som claro de vidro quebrando.

Então, Cecília apressou-se em pedir desculpas: “Desculpa, desculpa, Talita, eu, eu me emocionei, minha mão tremeu, o porta-retratos caiu no chão e quebrou.”

Ao terminar, soltou rapidamente Paola, se abaixou e tentou pegar o porta-retratos.

Mas, de propósito, ela enfiou o dedo nos cacos de vidro. O dedo logo se feriu e o sangue começou a escorrer em gotas grossas. Ela fez questão de deixar o sangue pingar sobre a foto, manchando-a completamente.

Naquele momento, ela odiava Otávio profundamente. Não podendo rasgar a foto abertamente, só lhe restava esse jeito para destruí-la.