Nunca Atrasado, Nunca Longe romance Capítulo 1658

Dada a força de Cauã, não seria problema suportar o peso de Lucas. No entanto, ele já estava com dor de cabeça devido ao som extremamente alto do ambiente. Somando-se a isso, a força que Lucas estava fazendo para resistir fez Cauã quase cair no chão quando tentou levantá-lo.

Notando a dificuldade de Cauã, Natália decidiu dar uma mãozinha, enganchando um braço de Lucas em volta do pescoço. Com a ajuda dela, Cauã pegou o outro braço do chefe e, por fim, conseguiram arrastá-lo para fora e colocá-lo no carro.

O impasse agora era voltar, pois Natália tinha chegado ao local por meio de um GPS e não sabia como retornar. Por isso, Cauã tomou o assento do motorista.

“Por que Lucas bebeu tanto? Como descobriu que ele estava aqui? Quem diria que Juliana fosse assim, hein? Não acredito que tentamos manter isso em segredo. Se, ao menos, tivéssemos revelado antes, ele não nos consideraria mentirosos e traidores! Talvez nem tivesse ficado de porre!”

Já passava da meia-noite e havia muitos carros na estrada. Para descontar sua raiva, Cauã começou a acelerar e a bater a mão no volante. “Isso não pode ficar assim. Vou me vingar em nome do meu chefe.”

“Devagar!”, Natália gritou quando sentiu o carro acelerando.

Nesse momento, percebeu Lucas contraindo a mão e murmurando algo repetidamente enquanto mudava de posição no assento.

“Não banque o engraçadinho pelas costas, e não se atreva a encostar um dedo em Juliana! Ainda tenho fé nela!”, Natália a defendeu.

A essa altura, Cauã havia desacelerado, mas não estava convencido. “Você não viu essas fotos? Pode ser simplesmente uma coincidência! A segunda foto também pode ser acidental. Mas, infelizmente, há mais de vinte fotos dela. Ainda acha que ela não fez nada de errado?”

“Você não está curioso sobre a procedência dessas fotos? Quem e por que foram tiradas?”

“Já vimos as fotos duas vezes. Não acha que já temos provas suficientes? Vou me certificar de investigar a fonte delas”, Cauã respondeu depois de ponderar um pouco.

Natália ficou quieta. Mesmo acreditando em Juliana, ela não podia refutar que ‘ver é crer’. Olhando para Lucas, ainda bêbado, e para Cauã, que descontava a sua raiva no volante, ela decidiu que ficar em silêncio seria a melhor escolha.

O cenário pela janela passava rapidamente como um borrão. O chão refletia o luar, e parecia que a Terra estava coberta por um véu translúcido que tingia o céu noturno em uma cor misteriosa.

Enquanto isso, a quilômetros de distância, Juliana segurava o garfo enquanto olhava para os pratos preparados por Diego. Por algum motivo, ela se sentiu desconfortável e ficou cutucando a bochecha com a haste do talher, sem tocar a comida.

Diego apoiou as mãos na mesa e perguntou com preocupação: “Não está com fome? O que há de errado?”

Imediatamente, ela pegou um monte de legumes e enfiou na boca. Depois, forçou um sorriso e murmurou com a boca cheia de comida: “Ah, que delícia!”

Os pratos eram saborosos, mas ela não conseguia compreender por que estava se sentindo tão perturbada. Havia uma pulsação em seu coração, e ela sentiu uma má premonição.

Embora esta tivesse sido a primeira refeição preparada por Diego, ela não gostou tanto quanto esperava. Como se fossem estranhos em uma cantina da faculdade comendo juntos, eles mal trocaram palavras. Era claramente uma situação embaraçosa, mas eles pareciam despreocupados, refletindo sobre os seus próprios problemas.

Por outro lado, Natália estava ajudando Cauã a levar Lucas para dentro de casa. Depois que o levaram para o quarto de hóspedes, ela foi encher um balde de água morna para Lucas se lavar. Em seguida, pegou uma camisa que Cauã raramente usava e passou para ele.

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