Nunca serei tuya romance Capítulo 2

Visão de Selena

Sou despertada bruscamente por água fria sendo jogada em mim, puxo ar para os pulmões e tento mover os braços e as pernas, mas cada membro do meu corpo dói. Agora, não passo de um peso morto e tudo o que posso fazer é mexer os dedos.

"Levante-se, prostituta renegada!" Ouço um dos guardas gritar comigo e, mesmo que eu quisesse, não consigo me levantar. Um pé vem e me acerta no estômago, a dor tira meu fôlego e eu tenho que tentar respirar.

"Apenas pegue-a e leve-a para o quarto!" Ouço outra voz e suponho que eles vão me levar para uma sala de tortura. O guarda se abaixa e me pega, sou jogada sobre seu ombro e não tenho resistência alguma no meu corpo.

Sinto como meu sangue desce para o meu rosto e o inchaço só faz doer mais. Começa a pulsar nos meus ouvidos e vou desmaiar se eles não me soltarem em breve.

"Coloque-a na cadeira e certifique-se de que ela esteja bem amarrada!" Uma voz ecoa e sinto sua aura, sei que ele é um lobo de patente mais alta e provavelmente o beta ou gamma do rei.

Sou jogada em uma cadeira e o guarda pega minhas mãos e as amarra na cadeira, meus braços são presos com cordas e tudo o que posso mover agora são minhas pernas.

Sinto o guarda se agachar e começar a amarrar minhas pernas, ele logo termina com uma das minhas pernas.

"Você pode pular a outra! Essa vadia não vai oferecer muita resistência, ela está quase morta de qualquer maneira", diz a voz novamente e não tento abrir os olhos e apenas deixo minha cabeça pendurar.

O guarda me solta e ouço algumas ferramentas sendo colocadas em uma mesa, só posso imaginar o que eles vão usar em mim.

"Traga o martelo! Vamos começar quebrando os dedos dela", ouço-o dizer e alguns passos se movem pelo chão antes de sentir sua presença perto de mim.

Sua mão desce e agarra meu rosto, forçando minha cabeça para trás. Mantendo meus olhos fechados, apenas respiro pelo que está prestes a acontecer.

"Diga-me onde está o seu líder!" Ele diz para mim e, mesmo que eu soubesse a resposta, não poderia dizer a ele com a língua tão inchada. Sua pressão na minha bochecha aumenta quando não respondo.

"Você não vai me dizer? Deixe-me deixar uma coisa clara! Eu vou arrancar isso de você de uma forma ou de outra!" Ele solta minha bochecha e leva apenas segundos antes de sentir o martelo no meu dedo mindinho, esmagando-o com seu golpe. Não consigo conter um gemido e sinto as lágrimas se formando atrás das minhas pálpebras.

Tento respirar através da dor e sinto meu estômago revirar e tenho que vomitar tudo o que tenho no chão.