O Adorável Rival romance Capítulo 65

Nathaniel tentou afastar aqueles pensamentos, mas não conseguia se controlar. Era como se houvesse um demônio habitando seu corpo, ele mal se reconhecia.

Assim que chegou ao Restaurante Imperial, ele viu a extravagante Ferrari de Walter, em um tom vermelho deslumbrante. Para completar, Mango e Walter estavam sentados na mesa perto da janela, conversando animadamente durante a refeição, o que o irritou ainda mais. Ela parecia estar muito alegre.

Mango abaixou a cabeça e deu uma risadinha de algo que Walter disse. Então, suavemente, tocou a perna ferida. Eram movimentos sutis, mas Nathaniel percebeu.

Com a testa ligeiramente franzida, ele ligou para Thomas imediatamente.

"Venha até o Restaurante Imperial e traga um cobertor leve."

Thomas já estava mais acostumado às ordens de Nathaniel. Afinal, por mais surpreso que estivesse, após tanto tempo, ele estava muito mais forte mentalmente.

Rapidamente, Thomas apareceu com o que fora pedido.

Nathaniel então disse em voz baixa: "Vá até ela e cubra-a. Ela ainda não se recuperou da lesão, faz frio a essa hora, suas pernas não aguentam."

Isso pegou Thomas de surpresa.

"Quer que eu vá até lá?"

Nathaniel lançou-lhe um olhar frio e penetrante.

De repente, Thomas sentiu-se desconfortável nessa situação.

Não seria melhor Nathaniel entregá-lo?

Além disso, Mango e Walter estavam conversando e rindo juntos. Não era aquele o momento de pegá-los no flagra?

Thomas não entendia Nathaniel, mas não se atrevia a refutar. Franzindo os lábios, saiu carregando o fino cobertor. De repente, pareceu se lembrar de algo e parou. Com certa angústia, disse: "Sr. Ye, parece que Katherine conhece mesmo Walter. Será que o documento confidencial da empresa..."

"Vamos acabar com isso, cancele a investigação."

Nathaniel disse repentinamente.

O que pegou Thomas de surpresa.

"Sr. Ye, esse foi o nosso maior contrato nos últimos anos. Vamos dispensar Walter assim? Não pode manter uma mulher como Katherine ao seu lado!"

"Desde quando cuida dos meus negócios?"

A voz de Nathaniel soou profunda, com uma autoridade irreprimível.

Imediatamente, Thomas se calou. Mas era óbvio que ainda estava muito insatisfeito com Mango.

"Ande logo, vá!"

Quando viu Mango tocando sua coxa mais uma vez, Nathaniel não pode deixar de grunhir em tom baixo.

Thomas relutantemente entrou e entregou o cobertor para Mango na frente de todos.

"O Sr. Ye disse que ainda não se recuperou de sua lesão na perna e que faz frio pela manhã, então me pediu para trazer este cobertor."

Thomas foi muito direto em suas palavras.

E isso surpreendeu a Mango e Walter.

Ambos olharam para fora e deram de cara com Nathaniel fechando a janela do carro.

Walter riu.

"Katherine, realmente é muito charmosa. O Sr. Ye é famoso por ser uma pessoa fria, e ele está até preocupado com você passar frio. E, mais importante, ele sequer cogitou invadir esse restaurante e levá-la embora quando viu que estava comigo! Não é o mesmo Nathaniel que conheci."

Assim como Walter, Mango também estava um pouco surpresa.

Ignorando como Nathaniel havia encontrado este lugar, seu comportamento atual por si só não tinha nada a ver com o homem que conhecera.

O Nathaniel de antigamente teria invadido o restaurante naquele exato momento, sem qualquer escrúpulo e a arrastado para fora. Como o antigo Nathaniel teria permitido que ela ficasse aqui comendo e bebendo com Walter?

Parecia simplesmente impossível!

Toda essa situação a fez perder o apetite.

Thomas a encarava como se pegasse uma traidora no flagra. Nathaniel a aguardava do lado de fora. E, sim, ele não entrou no restaurante, mas estava lá fora esperando que terminasse a refeição. Por que isso tudo a deixava tão desconfortável?

Mango largou os talheres.

Walter disse, surpreso: "Não vai embora desse jeito, vai? Quase nem conversamos ainda!"

Mango encolheu os ombros e disse: "No momento, ele é meu chefe, é ele quem me paga. Acha que posso continuar a comer aqui com você?"

"É realmente decepcionante!"

Walter estava obviamente desapontado, mas mudou de tom e disse sorrindo: "Venha comigo a um leilão amanhã."

"Depende da hora. Não sei se terei tempo. Afinal, estou em recuperação."

Mango não foi capaz de dar uma resposta precisa a Walter.

Afastando-se da mesa, ela colocou o cobertor sobre as pernas, pois não queria sofrer com o frio.

Ela conhecia o clima em Ocean City, mas não esperava que fosse ficar tão vulnerável ao frio depois do ferimento. Naquele exato momento, não conseguia suportar o frio no interior do restaurante, mas era muito tímida para dizer alguma coisa ao gerente.

Walter só percebeu isso depois que Mango cobriu as pernas.

"Está com frio? Por que não me disse? Que descuido o meu! Prometo que prestarei mais atenção da próxima vez."

Ele sentia um leve remorso pela situação.

Porém, Mango sorriu e disse: "Está tudo bem, não está muito frio. É que minha perna ainda está machucada e não aguenta. Da próxima vez, estarei mais preparada."

"Então, vamos combinar assim: vamos nos encontrar novamente em breve."

Walter aproveitou para marcar outro encontro.

Mango sabia que ele estava interessado nela. Até mesmo por ser a designer automotiva da empresa, e Walter, como arqui-inimigo de Nathaniel, definitivamente teria muito interesse nela, sem mencionar que também era muito namorador.

Mas também sabia que, embora fosse mulherengo, ele não era uma companhia desagradável. Na verdade, era um cavalheiro.

"Vamos nos encontrar novamente."

Mango sorriu educadamente. Então, saiu, empurrando sua cadeira de rodas sozinha.

Thomas de repente sentiu-se observado atentamente, como se uma lâmina afiada cortasse o ar, perfurando diretamente sua carne e sangue.

Ele estremeceu e, sem pensar, deu um passo à frente, segurando a cadeira de rodas de Mango. Respeitosamente, ele disse: "Vou ajudá-la a sair daqui".

Mango parou por um momento, como se percebendo algo. Mas não rejeitou a oferta e permitiu que ele a guiasse.

Após entrar no carro, sentou-se ao lado de Nathaniel no banco de trás.

Ele ainda estava usando o mesmo terno da noite anterior, o que deixava óbvio que ainda não havia voltado para casa.

Mango perguntou com indiferença: "Soube que Macy teve uma intoxicação alimentar ontem à noite e que foi socorrê-la no meio da noite. Por que veio aqui tão cedo para me encontrar? Já está tudo bem com ela?"

O olhar de Nathaniel parecia indecifrável.

Ele imaginava que Mango procuraria se explicar, mas, para sua surpresa, ela foi direta e não parecia constrangida por ter sido flagrada. Em vez disso, perguntou sobre Macy.

Nathaniel fez uma pausa, então disse: "Não sei, quando saí ela ainda estava dormindo. Thomas, como Macy está?"

Thomas parecia prestes a chorar.

"Sr. Ye, me pediu para levar um cobertor para Katherine, lembra? A Srta. Chu não estava acordada quando saí."

Mango zombou e disse: "Isso é muito sério. Sr. Ye, precisa voltar imediatamente para não atrapalhar o tratamento da Srta. Chu."

Suas palavras atingiram Nathaniel de maneira dura.

"Thomas, volte para o hospital! Imediatamente! Imediatamente!"

Nathaniel rosnou essas ordens, como um leão cujo rabo acabara de ser pisado.

Thomas saiu rapidamente do carro, sem olhar para trás.

Sozinha com Nathaniel, Mango sentiu-se ligeiramente reprimida e virou o rosto, encarando a rua.

Nathaniel quebrou o silêncio.

"Te incomoda que Macy more na mansão Ye?"

Apreensiva, Mango apertou as mãos.

A situação a incomodava?

Há cinco anos atrás, sim!

Quando ela era sua esposa e até mesmo estava grávida de seu filho. Mas, pelo bem de Macy e da criança em seu ventre, Nathaniel a mandou para fora do país à força.

Agora, depois de toda a transformação pela qual havia passado, ele tinha mesmo a coragem de fazer tal pergunta?

De repente, Mango riu, a risada particularmente vivaz e deslumbrante.

"O Sr. Ye é muito engraçado. Macy é sua namorada e mãe do seu filho. Não acha que é um pouco ridículo me fazer essa pergunta? Quem sou eu para gostar ou não? Não sou ninguém!"

"Nunca diga que não é ninguém!"

Nathaniel segurou o braço de Mango repentinamente, pressionando-a contra o banco do carro.

O cheiro dele invadiu seu rosto, aquela antiga sensação tirânica e autoritária envolvendo Mango novamente. Apesar de mais calmo atualmente, ele não estava mais compassivo.

Mango se sentiu um pouco sufocada e tentou se desvencilhar, mas as mãos de Nathaniel eram como pinças de ferro, que a impediam de se mover.

Mango sabia que não poderia lutar. Agora, não era hora de entrar em confronto direto com Nathaniel. Abaixando a voz, gritou com as sobrancelhas franzidas: "Isso dói! Nathaniel, está me machucando!"

Seu primeiro pensamento foi de que Nathaniel iria ignorá-la, mas, para sua surpresa, ao ouvi-la gritar, ele rapidamente a soltou.

Mango esfregou seus pulsos e disse com certa tristeza: "Estava dizendo a verdade. O que o irritou? Não podemos mudar o fato de que Macy deu à luz seu filho."

"Isso a incomoda muito?"

Nathaniel perguntou.

Mango se virou e disse: "De jeito nenhum. Não tem nada a ver comigo. Tenho meu próprio filho! E, falando nisso, quero fazer uma chamada de vídeo com Zion. Quero garantir que meu filho está seguro. Do contrário, mato você!"

Nathaniel viu os olhos de Mango se iluminarem quando mencionou Zion. Era como se o menino fosse seu mundo, e esse tipo de orgulho não podia ser escondido de forma alguma.

Absorvendo suas palavras, ele se questionou:

ela disse que Zion era seu filho, mas e o pai?

Seria ele mesmo?

"Quem é o pai de Zion?"

Não era a intenção inicial de Nathaniel fazer essa pergunta, pois não sabia pelo que Mango havia passado, já que ela não queria admitir a identidade de Zion, mas, naquele momento, não conseguia se conter.

Mango ficou em choque por um momento.

Ela não havia contado a Nathaniel sobre a identidade de Zion, mas ele já deveria saber há muito tempo. Agora, qual era sua intenção ao perguntar isso repentinamente?

Mango não conseguia entender, mas disse calmamente: "O pai dele está morto".

A frase era, sem dúvida, como uma espada afiada perfurando diretamente o coração de Nathaniel, sangrando-o.

Era como se Nathaniel sentisse o gosto de sangue na boca, a raiva fervilhando em seu peito. O olhar frio e indiferente de Mango o deixou um pouco desesperado.

Ele retornou para seu lugar no banco. Por um momento, o carro fora tomado pelo silêncio, deixando a atmosfera ainda mais opressora.

A sensação de Mango era de que a qualquer momento ela morreria naquele carro.

Inconscientemente, ela cogitou abrir a janela, mas Nathaniel de repente abriu a boca.

"Wisdom não é meu filho."

O corpo inteiro de Mango congelou.

"O que disse?"

Todos em Ocean City sabiam que Macy tinha dado à luz a um herdeiro da família Ye, filho dela com Nathaniel, e que ele havia doado 50% das ações do Grupo Infiniverse para Wisdom. Agora dizia que o menino não era seu filho, o que estava acontecendo?

Se o menino não fosse dele, será que ele teria tratado a ela e a criança em seu ventre como tratou há cinco anos por causa de Macy e seu filho?

"Será?" Ela se perguntou.

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