O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 248

Minhas mãos tremiam, e a fita de gravação caiu no chão. Meus vasos sanguíneos pareciam prestes a explodir, e cada parte do meu corpo tremia, com mãos e pés frios como gelo. Meu coração estava na garganta, tornando minha respiração difícil.

Minhas pernas amoleceram, e eu caí pesadamente no chão.

"Larissa!"

Guerrero me ajudou cuidadosamente a sentar no sofá. O sofá tremia junto comigo.

"Guerrero, você ouviu? Foi Carlos Rodrigues, a voz de Carlos Rodrigues."

Minha voz estava embargada, tão triste que mal conseguia falar, as palavras lutavam para sair da minha garganta, e as lágrimas já haviam inundado meu rosto. Era como se tivesse caído em um oceano silencioso, querendo gritar por ajuda, mas só conseguindo deixar as lágrimas fluírem, uma grande tristeza se desdobrando em meu coração.

Eu segurei a mão de Guerrero como se fosse uma tábua de salvação.

"Guerrero, Guerrero, foi Carlos Rodrigues quem os matou! Foi Carlos Rodrigues..."

Eu comecei a chorar descontroladamente, e o quarto se encheu com meus gritos de dor. Guerrero me abraçou, suas lágrimas se juntando às minhas.

"Querida, eu sei, não fique assim agora, vamos entender o que realmente aconteceu!"

Lembrei-me do dia do acidente dos meus pais. Carlos Rodrigues tinha ido trabalhar como de costume, e até tinha preparado o café da manhã para mim antes de sair.

"Seja boazinha em casa, te vejo quando voltar."

Ele passou a mão no meu nariz e me deu um beijo na testa. Eu assenti, imersa na felicidade.

"Querido, meus pais vão vir hoje, você pode voltar mais cedo para casa?"

Perguntei, olhando para a mensagem que meus pais tinham enviado pelo celular. Carlos Rodrigues pareceu surpreso, mas logo respondeu.

"Querida, de agora em diante, meus pais serão seus pais, e eu sempre serei seu apoio."

Depois do funeral, Carlos Rodrigues me abraçou e jurou isso para mim. Sem os únicos parentes no mundo, realmente acreditei nas mentiras dele e chorei em seus braços até meus olhos incharem de dor.

Mas nunca duvidei da causa da morte dos meus pais. Aceitei o laudo da polícia de que tinha sido um acidente de carro, acreditando que realmente fosse um trágico acidente.

Quando o responsável pelo acidente foi preso, eu o repreendi furiosamente, mas Carlos Rodrigues ao meu lado parecia estranhamente calmo. O responsável foi condenado a muitos anos de prisão.

Achei que tudo tinha acabado, mas só hoje percebo que a verdade não é tão simples. Será que Carlos Rodrigues realmente teve algo a ver com isso?

Para confirmar minhas suspeitas, ouvi a fita de gravação várias vezes, em repetição. A cada vez, podia ouvir novamente aquela voz astuta e os gritos desesperados dos meus pais.

Eu estava absolutamente certa e convencida de que era a voz de Carlos Rodrigues.