O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 339

Logo que Carlos Rodrigues voltou ao quarto, eu já estava mergulhada no romance que ele trazia, sem me importar muito se o que dizia era verdade ou não. Depois disso, toda vez que terminava de tomar banho, eu ficava entusiasmada em prender o broche na roupa que ia vestir. Carlos Rodrigues, ao ver o quanto eu valorizava o gesto, sempre sorria feliz.

Até que um dia, enquanto eu e Guerrero estávamos passeando pelo shopping, notamos um vendedor de bijuterias e presilhas brilhantes e fofas. Guerrero, interessada nesses pequenos encantos, me arrastou até lá.

"Olha só, Larissa, esse broche é muito parecido com o que você usa."

Ela vasculhou o estande, escolhendo várias presilhas que gostava, até que seus olhos caíram sobre um broche escondido no canto. Ela tinha razão, havia um broche idêntico ao que eu estava usando bem diante dos meus olhos.

"Isso deve ser uma imitação, o meu broche foi Carlos quem comprou em um templo."

"É, mas a semelhança é impressionante, até os detalhes são iguais."

Guerrero examinou o broche e confirmou que até as decorações de flores eram similares.

"Moça, isso aqui não é imitação não! Você deve saber que todos os produtos do mercado vêm daqui!"

"Esse que você está usando provavelmente também veio do meu estoque."

O vendedor nos interrompeu com um sorriso, nos encarando com um olhar novo e curioso, como se visse uma camada de névoa nos envolvendo.

"Não, esse foi o meu namorado que comprou em um templo."

Eu neguei rapidamente, sentindo que qualquer demora seria um desrespeito a Carlos Rodrigues.

Eu forcei um sorriso, tentando parecer menos abalada.

"Afinal, o que importa é a intenção, não é mesmo?"

"Mas por que ele mentiria? Claramente é um produto de rua, e ele disse que comprou em um templo."

Guerrero estava confusa. Eu também estava, mas logo encontrei uma desculpa para Carlos Rodrigues.

"Ah, ele está apenas começando o seu negócio, precisa economizar onde pode, entende? E, além do mais, ele já me deu tantos presentes maravilhosos, estou satisfeita!"

"E quem disse que é produto de rua? Vai ver o dono da banca que inventou isso. De qualquer forma, eu confio que Carlos Rodrigues não me enganaria."