O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 340

Guerrero, ao ouvir esse discurso que mais parecia uma lavagem cerebral que eu fazia em mim mesma, não resistiu e me deu um leve toque na testa com a mão.

"Como você ficou tão obcecada por amor assim? A Srta. Lage de antes nunca ficava sem suas joias de luxo, e agora um simples broche de plástico é o suficiente para te satisfazer?"

Fiz uma cara de desagrado.

Desde pequena, meus pais sempre me proporcionaram uma educação de abundância.

Não era só o que eu deveria ter, eu tinha até mais do que crianças bem mais velhas do que eu possuíam.

Quando eu finalmente cheguei à maioridade, meus pais organizaram para mim uma festa de debutante grandiosa.

Na festa, meus pais me presentearam com as cinco joias de ouro.

Uma pulseira, um colar, um anel, brincos e uma corrente de mão de ouro - não faltou nada.

Todos os convidados invejaram-me, lançando-me olhares de desejo: "Larissa, saiba que muitas meninas não têm esse tratamento nem quando se casam! Você já recebeu tudo isso antecipadamente. Seus pais realmente te tratam como uma princesa!"

"Senhor e senhora, roubando o dote do futuro genro assim, o marido de Larissa vai ter um peso enorme nas costas, hein!"

Meu pai entrou na conversa: "Nossa Larissa, casada ou não, merece o melhor!"

Minha mãe continuou: "Se ele não pode sequer prover as cinco joias básicas, mostra que não tem a sinceridade necessária, e não merece levar nossa Larissa."

As palavras de meus pais vinham do coração.

Por isso, quando apresentei Carlos Rodrigues, um jovem empreendedor que começou do zero, a eles, minha família mudou imediatamente de tom.

"Larissa, vocês não são compatíveis. Melhor terminarem logo, é melhor para todos!"

"Por que não? O que há de errado?"

Então, peguei Carlos Rodrigues pela mão e saímos juntos, rompendo a porta.

Naquela época, eu pensava que meus pais apenas desprezavam Carlos Rodrigues por sua falta de um bom background, achando que eles viam meu casamento como um sacrifício para aumentar o poder da nossa família.

Mas na verdade, eles só estavam preocupados com meu futuro, desesperadamente tentando me tirar de um abismo...

Desde que nos despedimos naquele dia, nunca mais nos vimos.

Quem diria que nosso último encontro seria de uma maneira tão constrangedora.

Chorando, gritei diante dos corpos de meus pais, agora cobertos por um lençol branco: "Vocês nem viram eu ter uma vida boa! Vocês não disseram que eu só iria viver de canja? Agora eu posso comer as mais finas iguarias todos os dias, se não acreditam, levantem-se e vejam..."

Mas era tarde demais.

Aquele broche, comprado numa banca de rua, desde aquele dia, ficou eternamente guardado na minha gaveta.