O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 47

"Larissa, por que você está favorecendo ele de novo?"

Guerrero estava claramente insatisfeita.

"Porque eu sou charmoso, oras," disse Jerônimo Serra, cruzando os braços e arrancando a rosa de suas mãos com um sorriso sugestivo, "não seja tímida para me dar esta flor."

"Jerônimo Serra, você não tem um pingo de vergonha?"

Guerrero estava quase explodindo de raiva, e eu rapidamente segurei sua mão.

"Nilza, já terminamos de assistir ao jogo, vamos embora."

Se continuarmos discutindo, provavelmente vamos atrasar muito.

"Larissa Lage, nós somos colegas, encontrar vocês hoje foi um acaso, e eu combinei de ir cantar com uns amigos para comemorar, que tal irem conosco?"

Ainda não tinha respondido quando Guerrero já não se aguentava mais.

"Não, obrigada."

Ela disse, pausadamente.

"Então deixa pra lá," Jerônimo Serra olhou para mim com um certo pesar, "alguém aqui tem medo que seus sentimentos reprimidos por mim sejam descobertos. Na próxima vez, eu te convido para jantar."

Eu sorri sem jeito.

Ao ouvir isso, Guerrero explodiu instantaneamente.

"Esse da Serra, não se ache tanto. Quem teria sentimentos reprimidos por você? É só um karaokê, tá? Hoje à noite eu faço questão de ir."

"Larissa, vamos."

Eu a segui até o carro, entre risos e lágrimas, vendo que ela ainda estava irritada, puxei de leve a manga da sua blusa.

"Ainda está brava? Você e Jerônimo Serra brigaram do início ao fim do namoro, e agora continuam nessa eterna disputa. Não fica cansada? Se você ainda tem sentimentos por ele, seja corajosa."

"Ele com certeza não te esqueceu, com o status dele, não faltam mulheres ao redor, e ainda assim permanece solteiro depois de todos esses anos, isso não mostra seus sentimentos?"

Guerrero me olhou enquanto dirigia, e levou um tempo antes de responder.

"Larissa, somos diferentes."

"Você cresceu em uma família cheia de amor, e eu..." ela fez uma pausa, "minha mãe sempre me disse desde pequena que o mais importante para uma mulher é ela mesma."

"Com o passar dos anos, de repente apareceram irmãos e irmãs, eu simplesmente não acredito em casamento ou em algo duradouro."

"Você é uma boa mulher; quando se compromete com alguém, é firme e dá tudo de si. Enquanto eu," Guerrero lançou um sorriso amargo, completamente diferente de sua postura habitual, "eu só sei aproveitar a sinceridade dos homens."

"Sou uma mulher terrivelmente má."

"Sabe por que eu e Jerônimo Serra terminamos naquele ano?"

Eu neguei com a cabeça.

Queria oferecer palavras de consolo, mas tudo parecia inadequado, como se as palavras se tornassem pesadas ao atravessarem meus lábios.

Ninguém pode realmente entender os problemas de outra pessoa, mesmo que sejam muito próximos.

Guerrero rapidamente recuperou sua postura, oferecendo-me um sorriso despreocupado.

"Perder um homem, e daí? Tenho tantos admiradores, muito melhores do que aquele desgraçado do Jerônimo Serra."

Descemos do carro juntas, e, nesse instante, o carro de Jerônimo Serra também chegou. Ele estava vestido com um traje casual azul, seguido de perto por Ricardo Rodrigues.

"Vamos entrar."

Jerônimo Serra fez um sinal com o queixo e nos guiou para dentro.

Eu e Guerrero trocávamos comentários em voz baixa.

"Eu realmente não esperava que Jerônimo Serra tivesse uma relação tão próxima com o Presidente Rodrigues."

"E pensar que o Presidente Rodrigues viria a um lugar desses."

"Afinal, o Presidente Rodrigues sempre pareceu alguém que vive em outro patamar, totalmente dedicado ao seu trabalho, um verdadeiro exemplo de alguém distante dos prazeres mundanos."

Não pude evitar e acabei rindo.

"Mas que descrição é essa?"