O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente romance Capítulo 92

Ele olhou para mim com uma expressão preocupada, e foi então que percebi que havia caído.

"Obrigado, estou bem, eu, eu quero ir ao banheiro."

Disse de maneira atropelada.

Minha premonição estava certa, era mesmo injusto. Neste momento, se outras companhias de joias publicassem meu trabalho, todos pensariam que sou a plagiadora.

Quando abri a porta, percebi que havia muitas pessoas lá fora, os jornalistas já estavam lá, me cercaram tão densamente que não havia como escapar, seus microfones se tornaram lâminas, me cortando pouco a pouco.

"Srta. Larissa, pode explicar por que o design da FeliciMoral é igual ao da ValoEterni? Você plagiou o trabalho de alguém?"

"Srta. Larissa, você pode ser apenas uma assistente de estágio, mas conseguiu uma oportunidade de brilhar como a principal promovida desta vez pela FeliciMoral. Isso é por causa do seu marido?"

"Srta. Larissa, por que você plagiou o trabalho da ValoEterni? Foi por vingança pessoal que você entrou na FeliciMoral?"

"Srta. Larissa..."

Senti-me encurralada em um canto, sem qualquer possibilidade de fuga.

As acusações ecoavam em meus ouvidos, e os flashes das câmeras pareciam se multiplicar, cada um mais ofuscante que o anterior.

Senti como se estivesse afundando no fundo do mar, prestes a ser engolida pela água.

Não, isso não pode ser assim. A esperança é meu combustível. Dediquei-me tanto a essa oportunidade.

"Afastem-se."

Uma voz masculina grave cortou o tumulto dos jornalistas, e no segundo seguinte, alguém me protegeu firmemente atrás de si.

Olhei confusa para a pessoa à minha frente e, após alguns momentos, reconheci que era Ricardo Rodrigues.

Ele protegeu minha cabeça com um gesto decidido; seu perfil era forte e determinado.

A FeliciMoral não se envolve em plágio. Eu confio plenamente em meus designers.

"Quando os resultados da investigação saírem, nós os tornaremos públicos."

"Se continuarem com essa perturbação sem sentido, a FeliciMoral tomará medidas legais."

Parece que esta foi a primeira vez que vi Ricardo Rodrigues tão irritado.

Como se tivesse ganhado alguma força, olhei para ele, cheia de confusão.

"Por que você acredita em mim?"

Ricardo franziu a testa, surpreso, como se não esperasse que eu fizesse essa pergunta em um momento tão crítico.

Não somos mais crianças.

Fechei os olhos, envergonhada.

A voz masculina, clara e sexy, soou ao meu lado.

"Porque eu vi com meus próprios olhos o nascimento do seu trabalho."

Não abri os olhos, deixando as lágrimas caírem.

Quando todo o mundo duvidava de mim, pelo menos ainda havia alguém que acreditava em mim inabalavelmente.

Isso já era suficiente.