Quando Dorothy acordou, ela se viu deitada em uma enfermeira, a qual estava vazia. Não havia ninguém por perto. Ela se sentia tonta e fraca.
Algum pensamento parecia ter atravessado sua mente e ela repentinamente levantou a colcha. Ao ver a mancha seca de cor vermelha escura nos lençóis azul-escuro, seu coração afundou no peito.
O desinfetante do hospital exalava um odor forte e penetrante, que preencheu todos os seus nervos olfativos. Seu rosto estava pálido e seu coração pulsava descontrolado.
Ela rapidamente levou sua mão até o abdômen, que já dava sinais de protuberância. Todo seu corpo tremia.
O bebê... Ela não podia deixar que nada acontecesse com o bebê!
Pouco tempo depois que Dorothy já estava acordada, um médico veio à enfermaria. O médico a examinou e disse-lhe em tom zeloso: “Você desmaiou por causa do luto excessivo. Após fazermos alguns exames, descobrimos um leve princípio de depressão. Felizmente, o bebê está seguro por enquanto.”
“No entanto, você precisa se lembrar de ter mais cuidado no futuro. Evite reprimir os pensamentos negativos. Manter o bom humor sempre é essencial para a saúde do bebê. Além disso, você vai precisar ficar um mês de repouso.”
Dorothy mal conseguia abrir a boca para falar. Então, ela se conteve em fazer acenos com a cabeça e soltou um suspiro de alívio. Seu filho ainda estava vivo...
Então ela descansou, e durante os quatro dias seguintes ficou no hospital.
Ocasionalmente, Ivana vinha visitá-la. Ela notou que Dorothy parecia ter sofrido um golpe sério, pois aparentava estar entediada e cabisbaixa. Não falava muito, apenas ficava a encarar o teto branco.
Ivana também era mulher, por isso simpatizou com o sofrimento de Dorothy. Ela não suportou ter de mandá-la de volta para a sala de detenção, então pediu ao médico que desse uma licença médica severa. Assim, Dorothy poderia fica mais vinte dias no hospital.
Durante este período, por algum motivo desconhecido, a empresa de Credence cessou os boicotes a empresa de Caleb, até voltou a investir nela novamente. Mas, o mais surpreendente foi o anúncio de Credence, seu casamento de quatro anos havia terminado e agora voltou a ser um homem solteiro.
Dorothy iludiu-se com a premissa de que ele devia estar sob pressão dos outros acionistas. Pensou que ele estava apenas tentando estabilizar o valor das ações do Grupo Scott, motivo pelo qual o fez anunciar publicamente o seu divórcio.
Contudo, quando ela ouviu a notícia, seu coração, que ela imaginava ter se tornado pedra, emitiu uma dor aguda.
Foi como se seu coração tivesse sido apunhalado por uma faca.
Ela estava com tanta dor que queria morrer de uma vez.
Juelz empurrou a porta e entrou. Seus olhos logo pousaram em Dorothy, que estava encostada na cabeceira da cama de hospital, o rosto dela era pálido e seus olhos vidrado. Naquele momento, ele percebeu que a notícia sobre o divórcio era verdade. Ele sentia-se deprimido por ela, mas o mesmo tempo estava feliz por poder cortejá-la da maneira que merecia.
"Dory, dê uma olhada. Adivinha o que eu trouxe para você desta vez?"
Dorothy saiu de seu estado de torpor e viu Juelz, já plenamente recuperado, parado à sua frente. Ele tinha um sorriso gentil em seu rosto bonito. O coração dela encheu-se de alegria e ela perguntou: “O que é?”
“É a sua sopa favorita do Wulnova Restaurant. Encomendei hoje de manhã bem cedo, esperei por quase duas horas. Quem diria que os clientes ficam limitados a só dois pedidos. Mas, não poderíamos comprar mais, mesmo se quiséssemos. Fiquei furioso.”
"Dory, estou segurando nos braços, então ainda está quente. Coma enquanto está quente. Não deixe seu bebê ficar com fome."
Juelz sorriu. Ele tirou o pão quente recheado e o enfiou na boca de Dorothy.
Dorothy o pegou na mão e deu uma mordida bastante elegante. Ela podia sentir o aroma perfumado tomar conta de sua boca, e o sabor era realmente delicioso.
Depois de terminar de comer, o que não demorou muito, ela sorriu para o homem radiante, “Juelz, obrigada.”
“Agora você entende? Você é a única coisa que importa para mim!” Juelz caminhou alegre até ela. “Como você pretende me agradecer? Eu não me importaria se você se casasse comigo, Dory.”
Dorothy se divertiu tanto que riu alto. Suspirou e disse: “Juelz, seria ótimo se você tivesse me salvado, no momento mais desesperador da minha vida, há dez anos!”
Se fosse esse o caso, ela nunca teria tido qualquer tipo interação ou conflito com Credence. Talvez ela pudesse ter vivido uma vida mais feliz.
O suspiro dela deixou Juelz triste e ainda mais arrasado.
Durante estes últimos dias, ele vinha visitá_-la sempre que tinha tempo. Na maioria das vezes, ele se deparava com Dorothy deitada na cama e em silêncio. Ela não falava nada, também parecia não querer. Ela sempre teve muito no que pensar.
Toda sua felicidade, não passava de uma encenação, apenas para fazê-lo se sentir mais à vontade.
"Você e Credence realmente se divorciaram? Se você se divorciou, isso é uma coisa boa. Pelo menos ele não vai partir mais seu coração por causa de Rosalie."
Juelz suspirou e estendeu a mão para segurar o pulso magro e fraco de Dorothy.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Amor Perdido
Bom dia, haverá atualização desse livro?...