O Amor Perdido romance Capítulo 113

Sentindo-se satisfeita, Rosalie deixou a sala de detenção e continuou seu caminho até o Blues Café.

Credence tinha marcado o encontro para às 11 horas, então ela tinha tempo de sobra para chegar lá.

Desde que ela soube que o último bandido havia sido morto dentro da sala de cirurgia, a aflição de seu coração finalmente se acalmou.

Ele já estava morto, portanto não poderia mais testemunhar. E daí se Credence suspeitava dela?

Rosalie saiu do elevador e caminhou graciosamente em direção à sala reservada. Quando um garçom passou por ela, olhou para a bandeja com taças e um vinho, de repente ela sentiu algo dentro de si.

“Aguente firme.”

O garçom parou no meio do caminho e sorriu educadamente, “Senhorita, precisa de alguma coisa?”

Rosalie encontrou o ponto cego da câmera de segurança e então tirou um bolo de notas de sua bolsa, colocando-o na bandeja. Ela disse com uma expressão fria: “Eu preciso que você me faça um favor.”

"O-o que é isso?"

O garçom olhou nervoso para o maço de dinheiro, o qual deveria ter mais de mil dólares. Ele então encarou Rosalie atônito, e engoliu em seco.

Após um bom tempo neste tipo de serviço, ele sabia que quanto mais dinheiro lhe dessem, mas perigosa seria a tarefe requisitada.

No entanto, não sendo uma tarefa de vida ou morte, ele ainda se dispunha a fazer o que lhe mandavam.

Rosalie entregou a ele um pequeno pacote de pó, que estava em sua bolsa de couro. Seu rosto inicialmente feroz de repente ficou mais brando. Então ela o instruiu: “Coloque isso no vinho. Lembre-se, não pode haver falhas.”

“Entendido. Vai ser um como um passeio no parque”

O garçom já tinha feito trabalhos semelhantes anteriormente. Ele com calma pegou o pó da mão Rosalie e entrou em uma sala vazia com a bandeja. Ele disse: “Senhorita, por favor, me acompanhe.”

Rosalie não hesitou e o seguiu.

Logo, ela percebeu que o garçom retirou cuidadosamente uma garrafa de vinho pequena e delicada, de dentro de um armário escondido, e entregou para Rosalie. Então ele disse com um sorriso lisonjeiro: “Preste atenção, Senhorita. Primeiro vou colocar o pó e misturar com o vinho. Vou ensinar-lhe com você deve servir.”

Ele explicou cada passo de maneira detalhava, enquanto executava como deveria ser feito. A inteligência de Rosalie era extraordinária, então ela logo compreendeu o que deveria fazer. Havia um leve sorriso em seu belo rosto delicado.

Com uma ferramenta tão conveniente para cometer crimes, ela definitivamente seria capaz de fazer Credence se submeter a ela. Depois que ele bebesse o vinho batizado, ele seria todo dela.

......

Rosalie sentou-se graciosamente no sofá da sala reservada. Ela colocou algumas cerejas na boca e limpou o celular enquanto esperava por Credence.

Não demorou muito. Cerca de quinze minutos depois, Credence empurrou a porta esculpida, entrou e sentou-se no sofá de frente para Rosalie. Ele cruzou as pernas compridas e acendeu um cigarro, mas não o fumou. Em vez disso, ele deixou as fagulhas vermelhas queimarem entre seus dedos, sua postura era elegante e fria ao mesmo tempo.

Ele foi pontual. Eram exatamente onze horas.

Rosalie teve a chance de ficar sozinha com Credence no passado, mas ela não foi ousada como no dia de hoje. Ela forçou um sorriso gentil enquanto perguntou em um tom suave, “Credence, por que você me chamou para vir aqui?”

Aproveitando o intervalo do silêncio, ela se levantou do sofá, abriu a garrafa e serviu um pouco de vinho, na taça que estava diante de Credence. Rosalie sorriu e piscou os cílios de maneira sedutora, “Credence, estou com fome. Decidi não tomar o café da manhã, depois que você me pediu para nos encontrarmos! Pedi o seu uísque favorito e alguns dos seus pratos prediletos. Vamos comer enquanto conversamos.”

Olhando para o frasco prateado, o qual armazenava o vinho, e que Rosalie segurava com seus dedos delgados, Credence afastou seu olhar com uma expressão impassível. Ele franziu a testa e disse: “O caso de Dorothy ter tentado matar você será levado ao júri na próxima segunda-feira. Até, como irmã dela, espero que você possa perdoá-la. Em troca, posso conceder alguns benefícios ao Grupo Fisher.”

Dorothy!

Mais uma vez, é sobre Dorothy!

Rosalie foi tomada pelo ciúme e ódio, enquanto mordia o lábio, segurando-se para não dizer uma única palavra.

Ela estava com medo... com tanto medo que se emitisse qualquer som, ela poderia gritar descontrolada com Credence.

Mesmo quando ele ainda estava ao lado de Dorothy, a maioria dos assuntos giravam em torno dela.

A fim de mostrar sua gentileza, consideração e compreensão, e querendo se tornar a próxima esposa de Credence; ela suprimiu sua personalidade arrogante e obedientemente contou a sua história e a de Dorothy, desde a infância até hoje, repetidas vezes.

Ele não ficou entediado por ouvir a história de Dorothy ser repetida infinitamente. No entanto, Rosalie já estava farta do nome “Dorothy”.

Agora, mesmo depois de divorciados, e Dorothy grávida de Juelz, ele ainda não conseguia esquecê-la!

Rosalie forçou um sorriso ao responder, “Credence, eu já refleti sobre o que você me pediu. Mesmo se você não tivesse me pedido, eu ainda estaria ao lado da minha irmã e falaria em favor dela.”

“Não importa as circunstâncias, ela ainda é minha irmã, e ela faz parte da minha família. Como posso simplesmente vê-la ser punida e mandada para a prisão?”

Não fazia a menor diferença se Rosalie estava sendo sincera ou não, pelo menos naquele exato momento, Credence não identificou qualquer tipo de ressentimento ou desconforto na expressão dela.

Credence ergueu ligeiramente a cabeça e lançou-lhe um olhar frio e penetrante, "Diga-me, quais são as suas condições?"

"Credence, minhas condições são..."

Rosalie pegou a taça de vinho com as duas mãos e deu a volta na mesa, aproximando-se de Credence. Um sorriso floresceu em seu rosto quando ela levou a taça até os lábios. Ela disse: “Minhas condições são muito simples. Tudo o que eu quero é que você beba este vinho comigo.”

Credence olhou para o vinho na taça transparente e permaneceu em silêncio por um momento. Seus traços faciais perfeitos não demostravam qualquer emoção, "Você colocou alguma coisa?"

"Credence, do que você está falando? Não sei o que você está tentando dizer."

Rosalie fez uma pausa, e uma pitada de amargura passou por seus olhos. Então, ela sorriu suavemente, "Você não confia em mim? Então, eu vou beber para você ver que não tem nada."

Em seguida, ela virou a taça e bebeu todo o vinho. Ela bebeu até não restar mais nada na taça.

Depois de terminar o vinho, girou a taça vazia suavemente e apontou para a outra intocada. Então, ela disse com uma voz doce: "É a sua vez, Credence.”

Credence estreitou os olhos e não se mexeu. Ele apenas esticou o braço comprido e pegou a jarra na mão. Ele a examinou despretensioso e percebeu um pontinho vermelho muito escondido e quase imperceptível na boca do frasco. A raiva faiscou em seus olhos.

Enquanto Rosalie estava distraída, ele tocou a borda da jarra com o dedo indicador, e em seguida, despejou o vinho perfumado em uma taça vazia. Ele serviu até atingir um terço do copo. Então, com a outra mão ele ergueu a taça, indicando para Rosalie terminar de beber, e disse friamente: “Eu vou acreditar em você depois que você terminar de beber o seu vinho!”

Naquele momento, Rosalie enxugava o seu vestido, pois um pouco de vinha havia caído na roupa, portanto, ela estava de cabeça baixa. Por isso, ela não percebeu os movimentos de Credence. Após ouvir suas palavras, ela pegou a taça com alegria e sorriu para o homem amado: “Credence, eu beberia o vinho que você me serviu mesmo que estivesse envenenado."

Ao vê-la engolir em pequenos goles, o olhar de Credence tornou-se gradualmente agudo.

Esta mulher era realmente ousada o suficiente para pregar peças na frente dele. Como ela é ingênua!

Depois que Rosalie terminou de beber, sua mente estava um pouco confusa e ela podia sentir seu corpo ficando cada vez mais quente.

Quando ela se lembrou que batizara o vinho com o pó de sua bolsa, ela subitamente ficou em choque.

Será que Credence já descobriu o segredo por trás da jarra de prata?

De repente, ela levantou o olhar e encarou o homem sentado no sofá com o rosto pálido. De seus olhos escuros, Rosalie podia ver seu ridículo indisfarçável, e de repente ela entrou em pânico.

Ah não!

Ele sabia. Ele sabia de tudo.

Ela sentia como se milhares de formigas estivessem andando por seu corpo, fazendo-a se sentir cada vez mais desconfortável. Imediatamente, Rosalie percebeu que havia sido enganada. Ela olhou para Credence em busca de misericórdia, “Credence, me perdoa. Eu não queria fazer isso. Eu te amo demais, eu só queria ser sua mulher...”

“Credence, por favor, me ajude. Por favor, me perdoe. Eu não vou mais fazer isso, eu prometo que nunca mais eu faço isso!”

Seu corpo estava coçando tanto que ela não aguentava mais. A última gota de sua sanidade disse-lhe que Credence não faria o que ela implorava. Rosalie entrou em pânico. Seu corpo macio deslizou ao longo da borda da mesa de chá e caiu no chão frio, e ela começou a chorar miseravelmente.

Ela tentou tramar contra Credence, mas no final ela foi desmascarada. Rosalie já podia imaginar as consequências de suas ações.

“Tarde demais,” Credence estava indiferente enquanto olhar terrível esquadrinhava o belo corpo de Rosalie. Ele deu uma risada assustadora, “Eu lhe dei um grande presente. Aproveite bem!”

Assim que ele terminou suas palavras, ele se virou e saiu, batendo a porta.

Rosalie urrou de dor, "Credence, volte! Por favor, volte!"

No entanto, ela não conseguiu fazer aquele homem cruel voltar. O ar-condicionado do quarto estava quente, mas ela tremia de medo.

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