O Amor Perdido romance Capítulo 114

Credence saiu do quarto reservado e encarou o elevador. Ele observou atentamente as portas se abrirem. Benjamin caminhava apressado em sua direção e o cumprimentou com pressa. Atrás dele estavam vários homens maliciosos. Cada um deles parecia ter ganho cinco milhões de dólares na loteria. Eles seguiam Benjamin com um sorriso de orelha a orelha.

Eles não apenas teriam uma mulher com quem dormir, mas também seriam pagos para isso. Parecia ser um presente vindo dos céus.

Benjamin foi em direção a porta e ergueu a cabeça para olhar um Credence indiferente. Então, ele respeitosamente fez o seu relato: “Sr. Scott, trouxe alguns companheiros e chegamos a um acordo sobre o valor. Devo deixá-los entrar agora?”

Esses homens dos subúrbios geralmente extorquiam e roubavam outras pessoas. Eles nunca tinham visto um lugar tão sofisticado, muito menos tinham conhecido um homem bem-sucedido como Credence, que era bonito e elegante. Sua aura era fria e poderosa, e podia até matá-los. Então, todos mantiveram-se de cabeça baixa, como se fossem animais assustados.

De onde estava, Credence fez um aceno com a cabeça, “Depois que acabar, faça uma cópia do vídeo e envie para Rosalie. Ela saberá o que fazer.”

"Sim, Sr. Scott."

Benjamin apressou-se para abrir a porta. Ele olhou para Rosalie desanimada, deitada no chão e contorcendo-se violentamente enquanto emitia grunhidos suaves. Com uma risada fria, ele se virou e chamou o grupo de gangster para entrar.

Como ela ousava tentar conspirar contra o Sr. Scott! Ela merecia ser abusada por esses bandidos!

"Ah, quem são vocês? Deixe-me ir, Credence, eu estava errada. Por favor, me deixe ir embora..."

Quando a porta se fechou, Credence virou-se para ir embora dali. De repente, ele ouviu os gritos desesperados daquela mulher e as risadas obscenas dos homens. Ele não diminuiu o passo ou parou, apenas seguiu seu caminho sem demonstrar emoções. Então, ele entrou no elevador e manteve sua quietude.

Quando Credence saiu do Blues Café, o sol de junho estava escaldante. Sua pele era iluminada pelo sol, mas seu coração permanecia nas sombras, frio e cheios de incertezas.

Além de ter um talento natural para ganhar dinheiro e administrar empresas, ele pouco se importava com relacionamentos, principalmente quando se tratava da relação entre um homem e uma mulher.

Só depois que ele se divorciou de Dorothy e ela foi presa, ou seja, só quando ele perdeu a mulher que um dia fora sua esposa e sempre estivera ao seu lado, o mundo de Credence perdeu o sentido. Sem ela para se preocupar com o seu bem-estar, seus dias pareciam não ter fim.

Porém, ela inconscientemente algo foi plantado em seu coração e rendeu frutos. Os ramos enrolavam-se em suas veias e por todo seu interior, e ele não foi mais capaz de remover Dorothy de seu corpo.

Mesmo ela tendo um filho com Juelz, ele não achou uma mulher desprezível. Ele sentia arrependimento.

Quando ela havia pertencido a ele, ela nunca teve um dia de paz, e ele nunca se importou com sua alegria, raiva tristeza ou mesmo se ela estava feliz.

Franzindo a testa, Credence ligou para Jonathan: “Sou eu. Venha tomar um drinque comigo.”

Ele foi até um bar das redondezas e pediu por um quarto e algumas garrafas do vinho branco mais forte. Enquanto esperava, ele bebeu sozinho.

A evidência era irrefutável. Porém, ainda era difícil lutar pela liberdade de Dorothy, com tantas testemunhas na internet.

A partir de agora, ele só poderia controlar Rosalie com o vídeo, e obrigá-la e dizer que como irmã de Dorothy estava disposta a implorar por uma sentença mais branda para a irmã. Só assim, Dorothy poderia ter alguma chance.

Quando Jonathan chegou, Credence já havia terminado quase todo o vinho e havia muitas garrafas vazias empilhadas sobre a mesa.

Quando ele viu Jonathan, Credence não balbuciou mais coisas sem nexo. Ele pediu para o garçom que abrisse outra garrafa do destilado da mais alta qualidade e entregou um copo a Jonathan, sem cerimônias.

Jonathan não tinha muita tolerância para álcool. Ele serviu apenas meio copo de bebida e brincou com Credence. Ele lentamente tomou um gole, “Credence, você parecia com pressa para me encontrar. Tem certeza de que estamos aqui apenas para tomarmos uns drinques?”

Era estranho vê-lo beber para afogar as mágoas.

Credence o ignorou e em silêncio despejou pela garganta o vinho forte.

Jonathan viu que Credence não o responderia, mas não suportava vê-lo se arruinar daquela forma. Ele só podia desviar o olhar, acender um cigarro e fumar. Irritado, ele expirou anéis de fumaça, um após o outro.

Ele pensou que, naquele instante, o que Credence precisava não era um ombro amigo, mas de alguém com quem pudesse beber.

Depois de um bom tempo, Credence percebeu o silêncio que inundava o quarto. Imagens piscaram na tela, mas nenhuma música tocava. Ele estreitou os olhos e terminou sua terceira garrafa de bebida. Então, ele virou-se para encarar Jonathan, que estava quieto bebendo e fumando. Foi quando ele perguntou em um tom frio, mas razoável: “Eu fui um verdadeiro idiota com Dorothy, não fui?”

"Você foi ainda pior do que um idiota! Credence, para falar a verdade, se eu fosse Dorothy, nunca te perdoaria pelo resto da minha vida!"

Jonathan, inconscientemente, bebeu mais algumas taças de vinho. Sua mente desacelerou, mas sua boca ficou mais descontrolada. Havia muitas coisas que ele nunca ousou dizer, porém, agora ele as falava tudo como se não tivesse medo de morrer.

Pensando nas queixas e na dor de Dorothy, tudo que ela sofreu nos últimos quatro anos, ele continuou falando em tom sério: “Durante seus quatro anos de casamento, você flertou com a irmã, Rosalie, todos os dias e nas costas de Dorothy. Todos os anos, você dava uma festa de aniversário cheia de pompa para Rosalie, mas sequer lembrava do aniversário de Dorothy. Você só a ela um presente e uma única vez, e foi o presente que Rosalie rejeitou.”

“Mas, acima de tudo, você ignorou a gravidez dela e a forçou se livrar do bebê. Você é o pior ser humano na face da Terra! Então, não, você não é apensa um idiota, você é a escória da humanidade.”

Jonathan bebeu quatro copos seguidos, quase desmaiou, esse era o preço por falar tão rápido e sob a pressão do olhar gélido de Credence.

Droga, era difícil para ele beber tanto assim. Credence era muito cruel. Ele jurou que, no futuro, nunca mais diria a verdade, mesmo que isso lhe custasse a vida!

Jonathan pensou que Credence lhe daria uma surra, só para descontar a raiva. No entanto, ele apenas ficou sentado em silêncio no sofá, com a taça na mão. Ele ergueu os olhos e respondeu sem emoção: “Ela se envolveu com Juelz, pelas minhas costas. Agora, está esperando um filho dele. Então, estamos quites.”

Jonathan respondeu insatisfeito: "Já que vocês dois estão quites, por que ainda bebe tanto?"

Ele se sentiu um tanto indignado.

Ao ouvir isso, o corpo de Credence estremeceu violentamente e ele sorriu. Sob meia luz do ambiente, sua expressão parecia indiferente: “É uma pena eu ter perdido a mulher que me fazia bem.”

Dorothy tinha ido para a cama com Juelz e engravidado dele. Não importava o quanto ele desejasse o corpo dela e o quanto ele a queria, ele já não podia mais tolerar sua presença.

Jonathan sem medo respondeu: “Credence, se você continuar a dizer essas coisas, um dia, você vai se arrepender.”

Ele franziu os lábios e cantarolou.

Não havia nada do que se arrepender!

Afinal, ela era apenas uma mulher.

Uma mulher que mantinha um relacionamento com outro homem, não era uma mulher digna de seu carinho.

Depois de dar o último gole, Credence levantou-se do sofá, com uma expressão sombria. Ele pressionou as têmporas doloridas com uma das mãos e com a outra pegou o celular. Então, ele saiu do quarto.

Ele suportou a dor no estômago. Contudo, após dar apenas dois passos, seu celular tocou.

Credence, o homem bonito com um corpo perfeito e pernas retas, encostado na parede. Ele estreitou os olhos e atendeu a ligação.

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