O Amor Perdido romance Capítulo 120

Benjamin deduziu que Credence deveria estar encostado na cadeira, quando caiu desacordado no chão. Suas belas feições estavam pálidas e abatidas. Uma camada fina de suor cobria sua testa, e seu peito arfava com dificuldade, evidenciando a respiração pesada e descompassada.

O som estrondoso que ele ouviu do outro lado da porta, foi o som de Credence caindo da cadeira.

"Sr. Scott, o que aconteceu com você?"

Benjamin percebeu que havia algo de errado com ele. Credence de quando em quando tinha uns espasmos. Inquieto e chocado, ele prendeu a respiração e ligou no mesmo instante para Jonathan: “Sr. Stanton, o Sr. Scott caiu inconsciente, de repente. Tudo bem, tudo bem, vou levá-lo agora mesmo para o hospital.”

Depois de desligar, Benjamin chamou outro assistente para vir ajudá-lo a carregar Credence até o carro. Então, ele sentou-se no banco do motorista e seguiu para o hospital.

Cerca de meia hora depois, Benjamin desceu do carro. Ele encontrou Jonathan na frente do hospital, carregou Credence inconsciente em uma maca e o levou para a emergência.

O diretor do hospital o aguardava na entrada há um bom tempo. Ele correu para fazer os primeiros socorros em Credence.

Os médicos colocaram o desfibrilador no peito de Credence e repentinamente uma onda de choque percorreu seu corpo. O homem com o rosto pálido gradualmente abriu os olhos escuros avermelhados e franziu a testa. Ele tentou se levantar com a mão, enfrentando certa dificuldade, e perguntou com a voz rouca: “O que aconteceu?”

"O que você acha que aconteceu?"

Jonathan estava furioso. Ele deu um soco no ombro de Credence, aparentemente forte, mas demonstrando preocupação, “Credence, você está por causa da Dorothy?”

Quando ela estava ao seu lado, só a ignorou. Porém, agora que ela não queria mais nada com ele, ficava se torturando!

Sua estupidez foi suficiente para fazer Jonathan duvidar de sua inteligência.

"Isso não tem nada a ver com ela."

Credence balançou a cabeça, sua respiração ainda era ofegante. Ele piscou os olhos pausadamente. Então, estendeu a mão direita, sorrindo de satisfação disse: “Aqui... dói muito.”

Ele apontou para o lugar onde estava o seu coração.

Doía porque Dorothy estava grávida de um filho de Juelz. Ele se revirou na cama a noite toda, pois não conseguia pregar os olhos.

Ele nutria grande pesar. Cada suspiro que ele dava o fazia tremer.

Seu coração doía, assim como seu estômago também.

"Você é tão desprezível!"

Agora, ele estava colhendo o que plantou, e ele merecia isso.

Jonathan empurrou apressadamente o carrinho para a sala de emergência, enquanto observava o homem deitado na maca, que tossia. Jonathan ficou furioso com Credence e disse: “Credence, estou lhe avisando, ou você morre de uma vez ou luta para reconquistar Dorothy.”

“Ela é apenas uma mulher. A mulher que te amou incondicionalmente por dez anos. Você é o homem com quem quase todas as mulheres de Talco City desejam se casar. Ninguém está a sua altura. Você é rico, charmoso, bonito e é bom de cama. E mesmo assim não tem confiança de que vai reconquistá-la?”

Credence achou que Jonathan já estava sendo inconveniente e virou a cabeça indignado. Ele Lançou um olhar para Jonathan e ligeiramente franziu a testa, enquanto lutava para suportar a dor no estômago. Porém, seu rosto permanecia calmo como um lago sem ondas.

No escritório, ele desmaiara por causa de seu problema gástrico não tratado. O incidente não tinha nada a ver com Dorothy não querer perdoá-lo.

Sim, essa era a verdade!

Jonathan viu que ele estava fingindo, mas apensa cerrou os dentes e socou o travesseiro branco, enterrando sua mão ao lado da cabeça de Credence. Ele o repreendeu: “Droga, apenas mantenha a cabeça no lugar, está bem? Mais cedo ou mais tarde, você vai se arrepender.”

Assim que Jonathan disse isso, o homem alto e majestoso que acabara de ser enviado para a sala de cirurgia estremeceu de repente.

Lamentar por isso?

Ele se arrependia por ter acreditado nas palavras de Rosalie e por repetidas vezes humilhar Dorothy e a fazer se sentir devastada, até que ela entrar em desespero. Ela mesmo disse a Kingston que nunca o perdoaria.

"Você e Benjamin, por favor, saiam."

Embora um turbilhão de sentimentos e emoções estivessem brotando em seu coração, tudo transformava-se em caos. Credence reprimiu todas essas emoções, ninguém podia saber o que se passava dentro dele. Ele apensa fechou os olhos e assim permaneceu, imóvel.

Ele era um homem maduro, tinha quase trinta anos. Ele estava à frente dos negócios há anos. Ele era um homem reservado e paciente, mas com uma personalidade forte. Ele só sabia como dar ordens e não sabia do que reclamar. Não demonstrar emoções, tornara-se um hábito seu, por isso, acostumara-se a engolir toda a amargura e dor dentro de si. Ele engoliu em seco e digeriu tudo com cautela.

Jonathan e Benjamin se entreolharam com um sorriso irônico, impotentes. Eles saíram da sala de cirurgia um após o outro.

Jonathan pegou dois cigarros e deu um para Benjamin. Ele arqueou uma sobrancelha e perguntou: “Deve ser o estômago de novo. Quando foi a última vez que Credence se alimentou com regularidade?”

Benjamin respondeu: "Cerca de um mês ou mais."

Ele prendeu a respiração e deu uma longa tragada no cigarro. Depois de expelir a fumaça espessa e branca, ele franziu o cenho e suspirou. Seu rosto gentil e bonito estava tomado pela preocupação.

“Desde que a Sra. Scott saiu de casa e fugiu com Juelz para Palm City, a dieta do Sr. Scott ficou mais inconstante. Quando ele estava sem apetite, não comia nada. Quando estava com fome, ele apenas bebia um café bem forte, para se saciar. Mas, depois de tanto tempo nesta dieta, seu estômago enfim não aguentou mais.”

“Antes, quando a Sra. Scott estava por perto, ela costuma cozinhar e preparar a refeição do Sr. Scott, ela me pediu para entregar a ele. Sempre dizia para não deixar que o Sr. Scott soubesse que fora ela quem preparara a comida. Se ele descobrisse, nem se daria ao trabalho de olhar para o prato, ou comê-lo.”

“A Sra. Scott cozinha bem. A sopa que ela preparava era adocicada e o amargo dos ingredientes desaparecia. O Sr. Scott gostava muito, sempre deixava o prato limpo.”

“Só posso dizer que a Sra. Scott foi quem sempre cuidou do Sr. Scott. Não importa quão boa fosse a comida do hotel, ele a deixava de lado e não tocava em nada.”

Com certeza, o caminho para o coração de um homem é pelo estômago.

A Sra. Scott era incrível, conseguiu pouco a pouco conquistar o Sr. Scott pelo estômago e até mesmo criou um lugar para ela em seu coração!

Benjamin deu mais duas tragadas no cigarro em sua mão.

Jonathan pensou o mesmo. Ele limpou as cinzas do cigarro que queimavam sua mão e suspirou: “Eu já disse ao Credence, Dorothy é uma boa mulher. Eu disse a ele que ela o ama perdidamente. E só ama a ele, mas Credence é cego. Ele não quer dar ouvidos aos meus conselhos, isso me dá nos nervos.”

Benjamin concordou com a cabeça.

Naquele momento, os dois homens incrivelmente bonitos e graciosos fumavam e suspiravam ao mesmo tempo.

Após um longo período de espera, a luz vermelha da sala de cirurgia apagou-se, um médico abriu a porta e entregou a Jonathan o relatório final. Era sobre o estado de saúde de Credence.

Quando ele olhou para linha de palavras destacadas, Jonathan a princípio ficou surpreso. Depois de um tempo, ele gritou consternado, “M*rda, como isso foi acontecer?!”

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