O Amor Perdido romance Capítulo 80

Dorothy ficou perplexa por um tempo. Logo depois disso, ela compreendeu o que Credence quis dizer.

Antes, embora a maneira como ele a humilhava foi bastante ultrajante, ela considerava, no mínimo, algo normal dentro do que ela achava aceitável suportar.

Mas... só de imaginar o que ele queria naquele momento, ela ficou muito perturbada.

Pelo menos, agora, ela tinha certeza de que ele não a amava ou tinha qualquer apreço por ela. Dorothy não podia aceitar isso! Ela realmente não podia.

Dorothy não parava de tremer, seu coração estava um caos. Ela não podia fazer nada contra a vontade dele. Seus lábios macios foram esfregados contra a calça dele, diante tamanha humilhação seu coração dilacerou-se!

“Credence Scott, você vai me obrigar a fazer isso?”

Dorothy olhou para cima em descrença. Suas lágrimas já haviam secado, mas ela ainda estava muito abatida. Ela olhou para ele com os olhos inchados e viu o rosto cansado de Credence, porém encantador. Aquela situação era lamentável e ridícula, mantê-la ajoelhada daquela maneira diante dele e em uma posição de submissão.

Por qual tipo de homem ela havia se apaixonado?

Ele era um homem maduro, mas ainda não tinha qualquer escrúpulo.

"Você não quer?"

“Você disse que me amava perdidamente. Mas, não está disposta a fazer este pequeno favor?”

Ele fitou o rosto mortalmente pálido de Dorothy, com um olhar sombrio. Era o mesmo olhar implacável de sempre. Então, ele deu um sorriso malicioso e suas palavras de escárnio a atingiram como adagas afiadas, as quais atravessavam seu coração.

Quando ele revelou sua crueldade, cada palavra dele foi fatal para Dorothy!

Enfim, Dorothy compreendeu que se tentasse resistir a Credence, ela não teria qualquer chance! Ela sempre perderia.

A dor que ela sentia no peito a deixou ainda mais aflita. Seus olhos estavam úmidos pelas lágrimas, mais uma vez, enquanto ela enfrentava o comportamento frio de Credence. Ela piscou para afastar as lágrimas, não querendo demonstrar fraqueza. Então, ela sustentou aquele olhar frio, seu queixo indiferente, peitoral definido, cintura robusta e, por último, seu olhar parou no cinto que prendia a calça...

Sua visão estava turva, mas conseguiu se fixar na fivela brilhante do cinto, Dorothy já tinha entendido tudo. Ela olhou para cima e fundo naqueles olhos escuros, os quais não esboçavam nenhuma emoção. Ela deu um sorriso tímido e disse: “Credence, se eu realmente fizer o que você quer, prometa que irá me deixar em paz e que nunca mais vai interferir no meu relacionamento com Juelz?”

Na verdade, Juelz e ela eram inocentes! Eles não nenhuma relação romântica.

Contudo, já naquele momento, os sentimentos que ela nutria por Credence se esvaneceram por completo. Ela não se importava mais se suas palavras ríspidas o ofenderiam ou não. Pelo contrário, quanto mais miserável esse se sentisse, mais contente ela seria. Era uma alegria estranha, que começava a emergir dentro de Dorothy, será que ela enfim tinha se libertado?

Por que ela sempre precisava se sentir inferior a ele? Por que tinha que bajulá-lo daquela maneira degradante?

O amor incondicional que ela sentia a colocara naquela posição!

Quando ela se libertou das amarras de querer amá-lo, desistir de ser sua escrava, ele já não significava mais nada para ela.

Credence perdeu o chão durante alguns segundos.

Dorothy realmente concordaria com sua ideia absurda? Só para ter uma relação legítima com Juelz?

Ele permaneceu em pose dominadora, olhando-a de cima. Ele a encarava com indiferença, sem apresentar emoções. Então, ele fitou os lábios macios de Dorothy, os mesmos lábios que proferiam palavras vergonhosas. Após algum tempo, ele franziu sua boca fina com força, e nada disse.

Depois de um longo silêncio, ele riu baixo e disse: “Dorothy, você é muito ingênua. Achou mesmo que eu a deixaria ir após uma única vez? Sou um homem de negócios, não faço acordos que me prejudiquem. Este é o meu princípio!”

"O que... o que você quer dizer com isso?"

Dorothy arregalou os olhos em descrença, a raiva fazia seu corpo tremer. Ela mordeu os lábios com força, e logo, o sangue escarlate tingiu a sua pele delicada.

Ela levantou a cabeça, lançando um olhar feroz para Credence, que havia redimido suas palavras. Sob aquele olhar indiferente, seu pequeno rosto mudou gradualmente do pálido para uma coloração arroxeada. Lágrimas rolaram pelos cantos de seus olhos avermelhados, porém ela manteve o sorriso. Em um tom baixinho disse com ironia: “Credence, você gosta de jogar desses joguinhos, não é? Tudo bem, faz parte da natureza de um homem de negócios, evitar ter perdas. Então, me dê uma resposta clara. Quantas vezes eu vou precisar fazer isso, para poder ser livre? Cinco, dez, cem vezes?!”

Credence sabia que Dorothy sempre fora mais reservada e conservadora sobre este tipo de assunto..., mas, naquele momento, ela estava disposta a arriscar tudo por Juelz!

“Ha, Juelz é um imbecil. Você acha que vale a pena fazer tudo isso por causa dele?

Credence, subitamente, foi tomado por uma fúria cega e violenta, as veias de seu pescoço tornaram-se salientes. Ele agarrou, com uma das mãos, o pescoço de Dorothy, erguendo-a no ar para então, arremessá-la na cama!

Maldição! Ele queria mesmo matá-la. Queria que ela morresse!

Dorothy foi jogada com tanta brutalidade que bateu a nuca na cabeceira da cama. A dor aguda a impediu de respirar direito, mas ela seguro firme o choro. Com seus dedos finos, ela agarrou-se nos lençóis sob seu corpo, cerrou os olhos atordoada. Mais lágrimas escorreram, mas o cabelo espeço impediu que fossem vistas.

“Você pode achá-lo um imbecil Credence, mas para mim, ele é o único homem que me trata com respeito. Se eu fosse traída por todos neste mundo, tenho certeza, de que ele ainda estaria lá por mim... Por que não posso amar um homem como ele?”

“Estou farta deste amor não correspondido e do seu comportamento frígido, Credence. Depois de quatro anos, presa neste casamento falido e violento, eu quero poder ser amada de verdade por um homem... Isso é pedir muito?”

“Tudo bem! Mas, só depois que eu estiver satisfeito!”

"Quanto à quantidade de vezes que quero que façamos, depende da minha vontade!"

Credence deu um sorriso soturno, e seu corpo imponente pressionou Dorothy.

Há dias que ele não tocava seu corpo inebriante, ele não aguentava mais reprimir todo o desejo que sentia...

Ele inclinou o rosto e mordiscou as orelhas tenras de Dorothy, com seus lábios gélidos, mordeu-as brutalmente até sangrarem, O sangue tinha um aroma adocicado, mas isso não o saciou, com ferocidade ele rasgou as roupas de seu corpo.

Argh!

A crueldade de Credence só infligia dor em Dorothy.

......

Benjamin, que aguardava no corredor, estava segurando o celular de Credence, e tocava sem parar. Ele observou a porta fechada à sua frente, meio sem jeito, sem saber se deveria interromper Credence e Dorothy.

Benjamin também era homem. Ele sabia que Credence era bastante dominador, sexualmente reprimido e de uma ira incontrolável. Portanto, era óbvio o que Credence desejava fazer com Dorothy.

Marvin levou Juelz ao hospital para cuidar dos ferimentos internos, deixando Jonathan e Benjamin sozinhos.

“Ei, está tarde. O que aquela v*dia da Rosalie quer com Credence?”

Jonathan franziu o cenho e reclamou irritado, “Benjamin, Credence está sedento por diversão. Se você ousar interromper os negócios dele, é provável que ele o mate!”

Benjamin assumiu uma postura mais sombria, “Mas... o Sr.Scott me disse que se a Srta. Rosalie ligasse, eu deveria informa-lo o mais rápido possível.”

“Além de se fazer de tímida e choramingar na frente de Credence, o que mais ela poderia fazer? Benjamin, apenas ignore-a.”

Portanto, Benjamin escutou o conselho de Jonathan, rejeitando a ligação de Rosalie. Mas, no instante seguinte, o celular de Dorothy ecoou pelo quarto.

Como Dorothy não estava muito bem-humorada nos últimos tempos, ela havia colocado um toque de celular com uma melodia melancólica.

Ao ouvir a melodia triste, Credence perdeu o desejo, apesar de estar extremamente excitado. Contudo, ele não estava disposto a deixar a mulher sob seu corpo, ir embora. Ele então aspirou o sangue da ferida nos lábios, ficando satisfeito só depois de escutar Dorothy emitir gemidos de dor. Então, ele a soltou e disse em tom áspero: “Atenda logo!”

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