Dorothy ficou perplexa por um tempo. Logo depois disso, ela compreendeu o que Credence quis dizer.
Antes, embora a maneira como ele a humilhava foi bastante ultrajante, ela considerava, no mínimo, algo normal dentro do que ela achava aceitável suportar.
Mas... só de imaginar o que ele queria naquele momento, ela ficou muito perturbada.
Pelo menos, agora, ela tinha certeza de que ele não a amava ou tinha qualquer apreço por ela. Dorothy não podia aceitar isso! Ela realmente não podia.
Dorothy não parava de tremer, seu coração estava um caos. Ela não podia fazer nada contra a vontade dele. Seus lábios macios foram esfregados contra a calça dele, diante tamanha humilhação seu coração dilacerou-se!
“Credence Scott, você vai me obrigar a fazer isso?”
Dorothy olhou para cima em descrença. Suas lágrimas já haviam secado, mas ela ainda estava muito abatida. Ela olhou para ele com os olhos inchados e viu o rosto cansado de Credence, porém encantador. Aquela situação era lamentável e ridícula, mantê-la ajoelhada daquela maneira diante dele e em uma posição de submissão.
Por qual tipo de homem ela havia se apaixonado?
Ele era um homem maduro, mas ainda não tinha qualquer escrúpulo.
"Você não quer?"
“Você disse que me amava perdidamente. Mas, não está disposta a fazer este pequeno favor?”
Ele fitou o rosto mortalmente pálido de Dorothy, com um olhar sombrio. Era o mesmo olhar implacável de sempre. Então, ele deu um sorriso malicioso e suas palavras de escárnio a atingiram como adagas afiadas, as quais atravessavam seu coração.
Quando ele revelou sua crueldade, cada palavra dele foi fatal para Dorothy!
Enfim, Dorothy compreendeu que se tentasse resistir a Credence, ela não teria qualquer chance! Ela sempre perderia.
A dor que ela sentia no peito a deixou ainda mais aflita. Seus olhos estavam úmidos pelas lágrimas, mais uma vez, enquanto ela enfrentava o comportamento frio de Credence. Ela piscou para afastar as lágrimas, não querendo demonstrar fraqueza. Então, ela sustentou aquele olhar frio, seu queixo indiferente, peitoral definido, cintura robusta e, por último, seu olhar parou no cinto que prendia a calça...
Sua visão estava turva, mas conseguiu se fixar na fivela brilhante do cinto, Dorothy já tinha entendido tudo. Ela olhou para cima e fundo naqueles olhos escuros, os quais não esboçavam nenhuma emoção. Ela deu um sorriso tímido e disse: “Credence, se eu realmente fizer o que você quer, prometa que irá me deixar em paz e que nunca mais vai interferir no meu relacionamento com Juelz?”
Na verdade, Juelz e ela eram inocentes! Eles não nenhuma relação romântica.
Contudo, já naquele momento, os sentimentos que ela nutria por Credence se esvaneceram por completo. Ela não se importava mais se suas palavras ríspidas o ofenderiam ou não. Pelo contrário, quanto mais miserável esse se sentisse, mais contente ela seria. Era uma alegria estranha, que começava a emergir dentro de Dorothy, será que ela enfim tinha se libertado?
Por que ela sempre precisava se sentir inferior a ele? Por que tinha que bajulá-lo daquela maneira degradante?
O amor incondicional que ela sentia a colocara naquela posição!
Quando ela se libertou das amarras de querer amá-lo, desistir de ser sua escrava, ele já não significava mais nada para ela.
Credence perdeu o chão durante alguns segundos.
Dorothy realmente concordaria com sua ideia absurda? Só para ter uma relação legítima com Juelz?
Ele permaneceu em pose dominadora, olhando-a de cima. Ele a encarava com indiferença, sem apresentar emoções. Então, ele fitou os lábios macios de Dorothy, os mesmos lábios que proferiam palavras vergonhosas. Após algum tempo, ele franziu sua boca fina com força, e nada disse.
Depois de um longo silêncio, ele riu baixo e disse: “Dorothy, você é muito ingênua. Achou mesmo que eu a deixaria ir após uma única vez? Sou um homem de negócios, não faço acordos que me prejudiquem. Este é o meu princípio!”
"O que... o que você quer dizer com isso?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Amor Perdido
Bom dia, haverá atualização desse livro?...