O Amor Perdido romance Capítulo 82

A médica observou o rosto exausto, porém bonito, o qual parecia extremamente encantado naquele momento. A média apenas sorriu e repetiu a explicação.

Em seguida, a médica advertiu: “Lembre-se, evite fazer sexo durante o primeiro trimestre da gestação. Caso contrário, o bebê pode...”

Dorothy confirmou suas dúvidas. De fato, ela estava grávida de um bebê saudável! Seu coração, que a pouco estava desolado e em desespero, de repente foi tomado por uma felicidade indescritível.

Era seu filho!

Dorothy chorou de alegria. Então, com a mão tocou seu abdômen com zelo, tentando controlar suas emoções. “Doutora, há quanto tempo estou grávida?”

A médica ajeitou os óculos na ponte do nariz e examinou o ultrassom na tela do computador. Logo fez um cálculo aproximado e disse: “Cerca de oitenta e cinco dias. Parabéns! Seu bebê está muito saudável.”

Já se passaram 85 dias?

Não foi na mesma época em que Dorothy abortou?

Dorothy ficou perplexa por alguns segundos. Ela não sabia se deveria se sentir surpresa, em choque ou feliz por saber que seria mãe. No entanto, quanto ela pensou na criança que havia perdido, sua animação mingou.

Após alguns instantes de hesitação, Dorothy juntou as mãos em um gesto nervoso e perguntou: “Doutora, eu já estive grávida, mas acabei abortando. Mas, a data do aborto é mais ou menos a mesma de quando esta criança foi concebida. É possível que eu estivesse grávida de gêmeos?”

“Não é impossível.”

“Mas... quando estava grávida de duas semanas, fui fazer um checkup e o médico confirmou a gravidez. Por que não me disse que estava grávida de gêmeos?”

A doutora foi muito gentil e, conforme explicara de maneira paciente à delicada e educada Dorothy: “Talvez fossem gêmeos fraternos. Nestes casos, o segundo feto poderia facilmente passar desapercebido, nos primeiros 45 dias da gestação”

“Então, por que um dos fetos permaneceu saudável e perdi o outro?”

Dorothy mordeu os lábios nervosa, enquanto ela lembrava do bebê inocente, o qual ela foi forçada a extrair de seu corpo. Um aperto tomou seu coração e as lágrimas encheram seus olhos. “Doutora, desculpa incomodá-la. Eu tenho muitas perguntas, quero saber como que uma situação dessas foi possível.”

“Tudo bem.”

Dorothy foi muito educada, isso fez a médica gostar dela. Com um sorriso, ela começou a explicar: “Há duas hipóteses para este ocorrido. A primeira, o bebê restante é mais forte. A segunda é que o feto que você abortou era pouco desenvolvido, com alguma doença congênita ou mesmo deformado. Srta. Fisher, pode me dizer como perdeu o outro bebê?”

“Bem... meu marido é meio selvagem quando estamos na cama...”

Ao dizer isso, Dorothy sentiu-se um pouco envergonhada e triste. Ela olhou para baixo com os olhos chios de lágrimas. A médica ainda estava sentada a sua frente.

A médica lhe deu alguns lenços de papel e voltou a falar com um sorriso reconfortante no rosto: “Não fique triste, Srta. Fisher. Se o feto não aguentou depois de uma relação sexual, já devia ter algo de errado em seu desenvolvimento. Pode-se dizer que foi algo bom.”

"Mesmo?"

Enquanto Dorothy a escutava, voltou a observar seu abdômen. Um amargor preencheu seu coração, ao mesmo tempo sentia uma alegria irreprimível.

Ela jurou que protegeria a criança em seu ventre a todo custo! Mesmo se isso custasse sua vida!

Credence tinha desaparecido. Aonde ele foi? O que estaria fazendo? Ela não sabia de nada, estava no escuro.

Não interessa o que aquele homem havia feito, ou quais foram seus motivos, ele nunca lhe dizia nada.

Quinze minutos depois, Dorothy saiu do hospital, suando sob o sol escaldante, e sem saber para onde ir.

Em sua mente, o plano de escapar de Credence tornou-se mais claro.

Não importa o quanto ela o amou, não iria arriscar a vida que crescia dentro de si.

Só depois de deixá-lo de vez e encontrar um outro lugar, no qual não pudesse ser encontrada, é que Dorothy teria certeza de que seu bebê iria nascer em segurança.

Nesse momento, o celular na bolsa de Dorothy tocou.

Era Juelz ligando.

Talvez seus ferimentos tenham sido graves, então sua voz soava rouca e ansiosa, como se ele estivesse suprimindo a dor. “Dory, onde você está? Credence fez alguma coisa com você? Vou pegar um táxi agora mesmo e ir para o hotel. Não tenha medo. Estou aqui. Espere por mim, logo estarei ai! Não se preocupe comigo, ninguém vai colocar um dedo em você, enquanto eu estiver vivo!”

“Juelz, não precisa ir para o hotel. Credence já foi embora. Venha para hospital maternidade. Vou esperá-lo na entrada, tenho uma boa notícia!”

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