O Amor Perdido romance Capítulo 85

Dorothy empurrou a porta entalhada e entrou. Ela não esperava que Rosalie estivesse sozinha, sentada em uma poltrona luxuosa. Ela brincava com o coquetel azul em sua mão e lançou um sorriso para Dorothy. Porém, não era um sorriso fraternal, mas de deixar os cabelos de Dorothy em pé.

Rosalie disse: "Dorothy, estou esperando por você há muito tempo. Finalmente, você está aqui."

Dorothy agarrou com força a alça de sua bolsa preta. Aproximou-se e sentou-se de frente para Rosalie. Então, ela disse com um sorriso morno: “Se há algo que você queira dizer, sou toda ouvidos.”

Rosalie, sua irmã pretenciosa, há menos de uma semana havia feito um transplante de rim e, no entanto, ela estava ali bebendo um coquetel e aparentando esbanjar saúde. Seu corpo deveria ser capaz de se recuperar rapidamente ou será que a operação tinha sido uma farsa?

Se fosse uma farsa, então todos os esquemas e planos de Rosalie eram na verdade outra coisa.

Dorothy foi pega de surpresa. Ela examinou a situação mais uma vez, observando o tabuleiro de cima.

Rosalie parece ter escolhido de propósito aquele quarto, o mesmo de dez anos atrás. Definitivamente, ela não estava convidando Dorothy para apenas um drinque e jogar conversa fora. Ela devia ter outros truques na manga.

Contudo, naquele momento, Dorothy não conseguia decifrar as reais intenções de Rosalie, pois ela exibia um sorriso radiante. Tudo o que Dorothy podia fazer era se acalmar e observá-la com cautela. Dar um passo de cada vez.

"Dorothy, embora não sejamos irmãs de sangue, você sempre será minha irmã. Não necessidade de você tão rígida comigo!"

Rosalie ergueu o queixo com altivez para beber um pequeno gole do coquetel. Seus lindos olhos se estreitaram, o que adicionou um certo encanto misterioso a ela, "Dorothy, qual é a sua bebida preferida?"

Como Dorothy poderia não ser cautelosa?

Se ela não tivesse sido cuidadosa durante todos estes anos, Dorothy provavelmente já estaria morta e enterrada em uma vala, graças à família Fisher.

Dorothy ficou intrigada por Rosalie não ir direto ao ponto. Isso dava a impressão de que Rosalie não diria nada, até que Dorothy cedesse e aceitasse um drinque.

“Eu não bebo. Aliás, trouxe minha própria água. Vai ter que beber sozinha! Além disso, foi você quem me chamou aqui, imagino que não seja para bebermos juntas.”

Ao ver que Dorothy realmente tirar uma garrafa bem fechada de água, de dentro de sua bolsa, o sorriso no rosto de Rosalie congelou, “Não me diga que você pensar que eu vou envenenar sua bebida, Dorothy?”

Dorothy respondeu: "Quem sabe?"

Dorothy elegantemente colocou seus longos cabelos atrás das orelhas e, lançou um sorriso charmoso, “Desde que éramos jovens, você me incriminou diversas vezes. Um pouco de cautela não faz mal a ninguém.”

Desde que entrara no quarto privativo, Dorothy estava decidida a não consumir nada, bebida ou alimento, que lhe fossem oferecidos.

Ela precisava proteger a criança em seu ventre. Não podia se dar ao luxo de baixar a guarda. Um pequeno deslize poderia colocar a vida do seu bebê em risco.

Ela havia sofrido a dor de perder um filho uma veze não queria experimentar uma segunda vez.

Dorothy não estava com paciência para os rodeios de Rosalie. Então, ela foi direto ao ponto e perguntou sem papas na língua: “Rosalie, quando Credence vai chegar? E diga para ele trazer os documentos do divórcio. Se ele concordar em me deixar ir, sem machucar Juelz ou usá-lo para me ameaçar, vou poder sumir de vez.”

“Eu prometo nunca mais aparecer na sua frente ou de Credence. Desejo que você dois tenham uma vida feliz juntos. Vocês se merecem, contanto que só machuquem a si mesmos e ninguém mais!”

Rosalie ficou chocada com o que acabara de escutar. Se conteve em rir desanimada. “Dorothy, você é realmente estúpida? Ou está apenas fingindo?”

“Só porque você desapareceu por três ou quatro dias, Credence colocou a culpa na família Fisher. Meus pais tiveram que arcar com a responsabilidade do que você fez. Ele pensou que meus pais tinham ido longe demais ao expulsá-la. Além dos negócios da família Fisher, Credence está cada dia mais frio e impaciente comigo...”

Enquanto Rosalie falava, sua expressão ficava cada vez mais amarga, “Ele nunca me tratou desta maneira antes. Ele costumava me olhar com aqueles olhos amorosos, como seu eu fosse a mulher mais linda do mundo. Ele me prometeu que teríamos um grande casamento. E agora? Perdi tudo! Tudo mudou! Dorothy, você sabe por que Credence está tão mudado, como ele pode ter se tornar uma pessoa completamente diferente ao que ele era antes?”

Dorothy retrucou: "Como vou saber?"

Dorothy balançou a cabeça negativamente, indicando que não sabia de nada. Então, acrescentou em um tom zombeteiro: “Credence sempre se preocupou mais com você do que comigo. Embora eu seja sua esposa, ele nunca me disse nada a respeito dos seus casos. Se formos comparar, eu sou mais amante do que você, certo?”

Dorothy foi enganada por Rosalie por tantos anos. Agora, ela não podia confiar em uma única palavra que Rosalie dizia.

Mesmo que Credence estivesse realmente minando a reputação do Grupo Fisher, isso era só por causa de seus próprios interesses.

“Dorothy, você não sabe mesmo? Então, eu vou te dizer! Credence, sem saber, se apaixonou por você, durante esses seus quatro anos de casamento!”

"Você empurrou o pai dele daquela varanda com suas próprias mãos e o deixou em coma. Você era quem ele mais deveria odiar, mas não ele se apaixonou por você. Patético!"

Credence a amava?

Se ele de fato a amasse, por que ele arriscaria o seu bem-estar pelo bem de Rosalie?

Dorothy estava perplexa, sua intuição dizia que provavelmente Rosalie estava bêbada ou furiosa, “Parece que Credence não virá esta noite. Rosalie, você está bêbada. Vamos falar sobre isso quando você estiver sóbria.”

Depois disso, Dorothy pegou sua bolsa e se levantou do sofá, pronta para sair.

De repente, Rosalie soltou uma gargalhada assustadora. “Dorothy, já que você está aqui, nem sonhe em ir embora!” Ela sibilou em um tom ameaçador.

"O que você quer dizer com isso?"

Dorothy virou-se para fitar uma Rosalie jocosa, “Rosalie Fisher, o que você pretende fazer?”

"O que eu vou fazer? Logo você descobrirá."

Lentamente, Rosalie pegou o celular. Um sorriso inocente, ao mesmo tempo malicioso, tomou conta de seu elo rosto quando ela declarou: “Pode entrar.”

Essas palavras despertaram um mau pressentimento em Dorothy. Ela jogou sua bolsa pesada no chão e virou-se agilmente, e correu desesperada em direção à porta.

Ela correu o mais rápido que pôde. Contudo, assim que encostou na maçaneta da porta, dois homens a abriram com um chute. Seus olhares obscenos e imundos davam a impressão de serem mercenários.

Os dois homens se adiantaram, ignorando a resistência de Dorothy. Eles torceram seus braços para trás, deixando-a imobilizada enquanto Rosalie se aproximava e acariciava o rosto de Dorothy.

O rosto de Dorothy ficou lívido de raiva, "Rosalie, você quer arruinar minha vida?"

"Isso mesmo, eu quero arruinar a sua vida, junto com esse seu rostinho bonito."

Rosalie ria satisfeita, à medida que observava Dorothy caída no chão em um estado deplorável.

Em seguida, outro homem se esgueirou para dentro do quarto e sorriu cordialmente para Rosalie, “Srta. Fisher, como você solicitou, as imagens da câmera de segurança serão destruídas.”

“Perfeito.”

Rosalie pegou três cartões de crédito e entregou um para cada homem. Então ordenou: “Não toquem nela, por enquanto. Preciso sair por um tempo. Aguardem minhas instruções.”

Aquele homem perverso disse uma vez que o dano físico não era suficiente para destruir uma pessoa. Mas, a tortura psicológica, a consumiria para sempre!

Desta vez, Rosalie não queria que Dorothy sofresse apenas danos físicos. Ela queria que Dorothy perdesse sua reputação e até mesmo sua vida!

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